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ELEIÇÕES RIO DE JANEIRO
Eduardo Paes é investigado por corrupção e alvo de busca e apreensão nesta manhã no RJ
Redação

Enquanto a Procuradoria-Geral do Município do Rio afirma ter encontrado "elementos indicativos de que valores oriundos dos cofres públicos do Município foram desviados", a assessoria do candidato afirmou que a busca "foi uma tentativa clara de interferência no processo eleitoral".

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Na manhã desta terça-feira (8), a casa de Eduardo Paes, ex-prefeito do Rio de Janeiro e candidato do DEM às eleições de novembro deste ano, foi alvo de um mandado de busca e apreensão. A ordem foi expedida pelo juiz Flavio Itabaiana de Oliveira Nicolau, da 204ª Zona Eleitoral, o mesmo que prendeu Queiroz e condenou autoritariamente os 23 criminalizados de 2013.

Além da busca e apreensão, Paes e mais quatro, incluindo o deputado federal Pedro Paulo (DEM), se tornaram réus por crimes de corrupção, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Antes das 12h, fiscais do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) chegaram ao endereço para entregar uma intimação a Paes. São réus do processo Eduardo Paes, Pedro Paulo, Benedicto Barbosa da Silva Junior, Renato Barbosa Rodrigues Pereira e Eduardo Bandeira Villela.

Enquanto a Procuradoria-Geral do Município do Rio afirma ter encontrado "elementos indicativos de que valores oriundos dos cofres públicos do Município foram desviados", a assessoria do candidato afirmou que a busca "foi uma tentativa clara de interferência no processo eleitoral".

Não é a primeira vez que a justiça abre investigação sobre Paes. Em março deste ano, Paes virou réu na Justiça Federal por corrupção passiva, fraude em licitação e falsidade ideológica, em outro processo relacionado a suposto direcionamento na licitação para a construção do Complexo de Deodoro para as Olimpíadas de 2016.

O governo Paes que foi marcado pelos acordos com empreiteiras durante os mega-eventos, que não deixaram nenhum legado ao Rio de Janeiro além de remoções e repressão, nunca favoreceu os interesses dos trabalhadores e certamente carrega muitas suspeitas de corrupção. Foi Paes o responsável por cortes bilionários na saúde do Rio durante seu governo e pela implementação do sistema de Organizações Sociais (OSs), que terceiriza a saúde para a iniciativa privada lucrar com um direito. A Iabas, empresa que saqueou os cariocas em plena pandemia, prestou serviços à prefeitura em sua gestão.

Por outro lado, fica claro mais uma vez, como o poder judiciário, com sua atuação coordenada e interesses por vezes alinhados à determinadas alas do regime e outras com interesses próprios em sua escalada autoritária, segue avançando no uso de suas atribuições para manipular processos eleitorais e se alçar como o poder moderador da política nacional desde o golpe, e ainda que essa denúncia ainda não impeça Paes de concorrer à prefeitura do Rio nas eleições deste ano, já que uma pessoa tem que ser condenada em segunda instância para se tornar inelegível, é uma sinalização clara de uma disputa em curso nesse sentido.

 
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