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MINAS GERAIS
Flavia Valle: “ALMG acaba de aprovar o grande ataque da reforma da previdência de Zema”
Redação

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou em caráter definitivo a proposta do Projeto de Lei Complementar (PLC) 46/20, sobre a reforma da previdência dos servidores estaduais do governador Romeu Zema.

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O projeto aprovado propõe um aumento na alíquota de contribuição previdenciária entre 11 e 16% a depender do salário do servidor, aumenta a idade mínima para 60 anos das mulheres e 65 para homens, e no cálculo da aposentadoria passaria considerar 80% da média das maiores contribuições dos servidores. Para as carreiras de magistério, a idade mínima ficou em 57 anos para as mulheres e 60 para os homens, com a imposição de no mínimo 25 anos trabalhados, para se aposentar com salário integral teríamos que trabalhar por ainda mais tempo. Um ataque que atinge sobretudo as mulheres, ampla maioria das professoras. Enquanto isso, para as forças repressivas do estado permitem que se aposentem com salário integral e idade mínima muito abaixo dos trabalhadores.

Sobre essa aprovação Flávia Valle, professora da rede estadual e pré-candidata a vereadora em Contagem, declarou:

“Zema, que sempre foi um capacho de Bolsonaro, se aproveita da pandemia e da crise econômica, em que a classe trabalhadora se vê espremida entre o medo do desemprego e da fome, para fortalecer a ideia capitalista de que a culpa da crise é os direitos conquistados pelos trabalhadores. Usam essa mentira para dividir a classe trabalhadora entre aqueles os que são “privilegiados” por manter esses direitos e aqueles que sofrem com a extrema precarização que os capitalistas vieram impondo. Se apoiando em leis que foram criadas para que todo o orçamento público esteja voltado para o pagamento integral da fraudulenta dívida pública, como a Lei de Responsabilidade Fiscal e o Teto dos Gastos. A aprovação da reforma da previdência estadual é parte desse mecanismo de ataque dos capitalistas. A ALMG, repleta dos representantes dos patrões, das mineradoras e dos latifundiários que sempre irão governar de acordo com os interesses desses senhores aprova a portas fechadas e com forte aparato repressivo, incluindo atiradores de elite na frente do prédio, esse grande ataque.”

Em relação a estratégia da oposição para lutar contra a reforma da previdência, Flávia fez as seguintes considerações:

“O Bloco Democracia e Luta que faz oposição ao governo na ALMG, integrado por parlamentares do PT, PCdoB, PSOL, Rede, PROS e PL veio apostando primeiro em adiar essa votação, quando em todo país vemos que a intenção dos capitalista é aproveitar esse momento para passar a boiada. Diante da aprovação nas comissões e em plenário da Câmara, tentam amenizar alguns dos ataques mais cruéis. Apostaram somente nas manobras parlamentares, que não podem barrar os planos dos empresários e governos capitalistas. Especialmente o PT e PCdoB, estão à frente de diversos sindicatos pelo estado e não buscaram construir desde as bases uma enorme mobilização unificada de todas as categorias, para juntamente com a importante greve dos trabalhadores dos Correios, colocar em movimento a força da classe trabalhadora contra os ataques.”

A professora terminou fazendo uma chamado ao PSOL e as organizações de esquerda para seguir a luta em comum contra os ataques:

“O PT e PCdoB fizeram isso porque defendem um projeto reformista no qual buscam se apresentar como viáveis para administrar o capitalismo, aprovando nos estados em que governam a reforma da previdência estadual e se orgulhando de terem cumprido a LRF em seus governos, como o de Marília Campos em Contagem. Como forma de construir uma alternativa de esquerda a essa posição fazemos um chamado ao PSOL, as organizações de esquerda e aos sindicatos para seguir na luta contra esses ataques que os capitalistas querem nos impor, colocando no centro a necessidade de revogação das reformas, do Teto dos Gastos e da Lei de Responsabilidade Fiscal, juntamente com a defesa do não pagamento da dívida pública para que sejam os capitalistas e não os trabalhadores e o povo pobre aqueles que paguem pela crise.”

 
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