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AFASTAMENTO DE WITZEL
Cláudio Castro assume Governo do Rio impondo austeridade no meio da pandemia
Redação

Cláudio Castro, vice-governador do Rio de Janeiro, assumiu interinamente o governo e já impôs medidas de austeridade. Witzel foi afastado devido a suspeitas de envolvimento em esquema de corrupção, em organização criminosa junto a sua esposa por intermédio de escritórios de advocacia, mas quem vai pagar a conta é a população mais pobre.

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Imagem: MAGA JR/O FOTOGRÁFICO/ESTADÃO CONTEÚDO

Hoje, dia 31, Cláudio Castro e o Secretariado do Palácio da Guanabara discutiram a prolongação do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) que deverá ser pedida à União para mais seis meses, até sexta-feira, dia 4. O acordo que será afirmado entre Paulo Guedes e o governo do Rio já indica claramente que, independente do resultado da renovação do Regime, quem vai pagar pela crise são os trabalhadores e neste caso em especial os servidores públicos fluminenses que terão os seus salários (e direitos) bruscamente afetados (como já afirmou Cláudio Costa) em nome do pagamento de um Dívida Pública do Rio de juros gigantescos (impagáveis por sinal) que financia grandes corporações empresariais e o capital privado, sugando a riqueza do estado e o estagnando economicamente. Essas afirmações de “responsabilidade” escondem que o RRF em si já é um enorme ataque aos serviços públicos para seguir pagando a fraudulenta dívida pública. Em 2017, com o RRF, a dívida do RJ foi apenas adiada por 3 anos e com juros, para que o estado pudesse pegar empréstimos novamente com a União. Para fazer parte do RRF, o estado precisa seguir medidas de ataques aos trabalhadores continuamente.

Cláudio Castro promete medidas de austeridade e "enxugamento de estruturas" do estado, interrompendo celebração de novos contratos, suspendendo pagamentos e aditivos contratuais. Mas é claro, em suas próprias palavras “promovendo também um ambiente seguro para investidores e empreendedores”. Para o vice-governador, assim como foi para Witzel, é preciso atacar a qualidade de vida população, dos trabalhadores, fazendo-os pagar por uma crise capitalista, precarizando serviços de saúde, transporte públicos, em plena pandemia, para assegurar um bom ambiente para novos empreendimentos do capital.

Witzel, que tentou se expressar como “oposição” racional a Bolsonaro, desvinculando sua proximidade à extrema direita negacionista nos primeiros meses da pandemia, projetando uma imagem de governador “responsável”, portanto, preocupado com o avanço da pandemia no estado do Rio, hoje é investigado e, por isso, foi afastado do cargo, com fortes suspeitas de que esteja envolvido com irregularidades na contratação de hospitais de campanha, respiradores e medicamentos. Por sua vez, seu vice, Cláudio Costa, interessado em manter os princípios da gestão Witzel, que não se preocupou em criar qualquer política de testes massivos, aumento do número de leitos e respiradores, segue os passos para descarregar a crise política e econômica, no mais pobres, trabalhadores, em sua maioria mulheres e negros.

Para uma saída por fora do regime político fluminense, degradado e fruto do Golpe Institucional de 2016, e também contra ele, é que o MRT com suas pré-candidaturas revolucionárias, representada no estado fluminense por Carolina Cacau, levanta a exigência do não pagamento da dívida pública. É fundamental uma política independente de todos trabalhadores, unidos e organizados, terceirizados e servidores públicos, desempregados e empregados, confiando apenas em suas próprias forças, sem acreditar na Justiça que hoje tira Witzel do poder mas não investiga os R$ 89 mil depositados a Michelle Bolsonaro por Queiroz. Contra os ataques e para enfrentar a crise, é preciso unidade dos trabalhadores e de todos setores oprimidos da sociedade para fazer com que os capitalistas paguem pela crise.

 
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