Foto retirada do site oficial do Sindicato de Bancários da Bahia
Repudiamos a censura realizada pela 32ª Vara Cível do Rio de Janeiro, a mando do banco BTG Pactual, que obrigou o Jornal GGN a tirar do ar, sob pena de pagamento de multa diária de 10 mil reais em caso de descumprimento, uma série de reportagens que investigavam contratos suspeitos envolvendo o banco, realizadas pelos jornalistas Luís Nassif e Patricia Faermann. “BTG Pactual” entrou nos assuntos mais comentados do Twitter.
Em um desses contratos suspeitos, o Banco do Brasil realizou uma venda de “créditos podres” para o BTG Pactual. Com a operação, o banco fundado por Paulo Guedes se tornou credor de R$ 3 bilhões de reais, pagando um valor 10 vezes menor: R$ 371 milhões.
Paulo Guedes, vale destacar, além de ter indicado o nome do atual presidente do Banco do Brasil, também foi o responsável por encabeçar a campanha pela reforma da previdência e agora o maior entusiasta da reforma administrativa. Fato é que ambas as reformas redirecionam os gastos: ao invés de investir em educação, saúde, serviços públicos, o dinheiro irá para a tal Dívida Pública, ou seja, para o bolso de banqueiros. Um dos bancos credores da Dívida Pública é justamente o BTG Pactual.
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Tudo isso mostra que a mídia e a justiça burguesas atuam para satisfazer os interesses mais podres desse sistema governado por verdadeiros sangue-sugas dos trabalhadores, como Paulo Guedes. A economia capitalista não está e nunca esteve voltada para as necessidades da população, e a justiça está a serviço dos interesses dos banqueiros e empresários.
Nós do Esquerda Diário repudiamos a censura da justiça e levantamos a necessidade de centralizar todo o sistema bancário e creditício num único banco estatal, sob controle dos trabalhadores. Além de sermos contra o pagamento da dívida pública, um verdadeiro saque imperialista ilegal, ilegítimo e fraudulento.
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