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Crise na Saúde
Crivella deixa trabalhadores da UPA sem certeza de recontratação após saída de OSS
Redação

De acordo com denúncias recebidas por trabalhadores da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Engenho de Dentro, pelas redes sociais do Movimento Nenhum serviço de Saúde a Menos (NSSM), após meses combatendo a COVID-19 mesmo com EPIs precários, falta de testes massivos e superlotação do serviço por falta de leitos com respiradores no auge da pandemia, os trabalhadores receberam a notícia que a Unidade mudará de gestão da OSS Cruz Vermelha para a empresa pública da prefeitura Rio Saúde e trabalhadores relatam estar de aviso prévio e com futuro incerto.

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Como já denunciamos diversas vezes nesse site a terceirização advinda dos processos de contratação via Organização Social, forma rotineira presente em todo o estado do RJ é sinônimo de precarização do trabalho e falta de recursos para atendimento da população. A própria OSS em questão, Cruz Vermelha, é responsável também pela administração de outros serviços, como dois hospitais estaduais Roberto Chabo (HERC), em Araruama e do Hospital Estadual dos Lagos (HEL), em Saquarema, que deixou os funcionários com salários em atraso por dois meses.

Foto: Fernanda Dias/Agencia O Dia

Contudo, a mudança que Crivella faz para a Rio Saúde não responde ao grande problema da saúde do Rio, pois os trabalhadores que se encontram atuando nas unidades hoje, que enfrentaram e seguem enfrentando a guerra contra o novo Corona vírus muitas vezes sem armas adequadas, agora podem ficar sem emprego, pois não há nenhuma garantia de recontratação desses profissionais que já provaram no dia a dia do seu trabalho que podem exercer a função que estão. Este modo operante não é novidade, no começo desse ano, após meses de greve contra os recorrentes atrasos de salários de diversas OSS que geriam o município naquele momento, mais de 5.000 trabalhadores terceirizados foram demitidos após a entrada da Rio Saúde, mesmo que naquele momento foi possível reverter a maioria das demissões, vemos aqui a história se repetir, agora como farsa.

Como a própria página do Movimento NSSM relata apesar do discurso oficial do prefeito Crivella ser que todos serão aproveitados o clima de incerteza impera para os trabalhadores que não sabem como levaram comida para suas casas à partir do dia 05 de setembro. Muitos trabalhadores como as enfermeiras, serão dispensados pois a Rio Saúde acaba de fazer um processo seletivo para essa categoria, mas mesmo aqueles que forem recontratados serão por contratos temporários e ainda mais precários.

A entrada da empresa pública Rio saúde pode parecer uma resposta a corrupção e precarização presentes nos contratos e licitações com as OSS, já bem conhecidas pelo povo carioca, e retomadas pelos escândalos com Witzel e sua corja. Mas isso está bem longe da realidade, a Rio Saúde paga um salário abaixo do piso salarial estadual de diversas categorias, não há qualquer segurança no vínculo empregatício e muitos relatos de assédio e represálias, além dos últimos processos seletivos feitos pela empresa terem acontecido por aplicativo de compra de ingresso online, com diversas irregularidades como pontuações incorretas, inscrições que não foram contabilizadas e não constam o nome dos candidatos na lista disponibilizada no site da empresa, dentre outros.

Por isso, nós do Esquerda Diário defendemos que a única maneira de combater a precarização, terceirização e divisão dos trabalhadores de forma consequente é com a incorporação sem concurso público de todos os profissionais que passaram os últimos meses na linha de frente combatendo o COVID-19, colocando a sua vida e de sua família em risco, pela falta de medidas de segurança, demonstrando na
prática que tem competência para o trabalho.

 
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