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SANHA PRIVATISTA
Guedes mira privatização do Porto de Santos, maior da América Latina
Redação

O BNDES selecionou o consórcio vencedor que será responsável pelo planejamento da entrega à preço de banana dos portos de Santos e São Sebastião para as mãos dos capitalistas do mercado. Bolsonaro desde que foi eleito vem implementando uma agenda de privatizações e ataques às empresas estatais e de toda a infraestrutura brasileira, entre rodovias, portos etc.

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O consórcio de capitalistas milionários receberá 6,56 milhões pela organização da entrega de mais um setor estratégico da economia brasileira diretamente nas mãos do capital privado. O porto de Santos não é apenas o maior do Brasil, como também da América Latina, responsável por concentrar cerca de 67% do produto interno do Brasil. O complexo é o maior exportador de açúcar, suco de laranja e café em grãos do mundo, sendo um local chave para o escoamento de soja e outros produtos agrários.

Em 2019o governo Bolsonaro realizou uma série de alterações no BNDES para que as privatizações e sucateamento da infraestrutura pública fossem mais ágeis. O ministro da Infraestrutura, General Tarcísio de Freitas, passou a deter mais força e articula junto à Guedes e Bolsonaro a entrega das riquezas brasileiras ao mercado no setor dos transportes, política oposta de qualquer sombra de “nacionalismo” como Bolsonaro e os militares tentam aparecer, ou mesmo de um suposto “desenvolvimentismo” como analistas políticos catalogam os militares no governo.

Este consórcio para entregar os portos de Santos e São Sebastião se fundamenta também nestas alterações, entre as quais a garantia do domínio das empresas privadas através de PPIs (Programas de Parcerias e Investimentos) para articular a privatização de empresas, portos, aeroportos e de outras propriedades estatais centrais para a economia nacional.

Bolsonaro, Guedes e os militares atribuem ao BNDES o papel de gerir o processo de privatizações da Infraestrutura brasileira sem a necessidade de qualquer licitação, o que facilita a entrega na mão de capitalistas da infraestrutura nacional, seja através de concessões ou a venda direta do patrimônio público.

O avanço do processo de privatização dos portos de São Sebastião mas em especial do monumental Porto de Santos vêm acompanhado também de novos intentos de vender os Correios. Os trabalhadores desta estatal entraram em greve contra o projeto privatista de Guedes e do presidente da empresa, General Floriano Peixoto, assim como por melhores condições de trabalho e pela defesa de seus direitos. Mesma tentativa em avançar com o entreguismo da Petrobras foi respondida por uma gigantesca e forte greve de petroleiros por todo o páis.

No momento em que Bolsonaro por um lado tenta ganhar popularidade em setores mais pobres da população fazendo demagogia com políticas sociais de renda e moradia, por outro lado faz de tudo para avançar com seus ataques privatistas, assim como o avanço da Reforma Administrativa que, junto a Rodrigo Maia, pretende sucatear serviços públicos federais e prejudicar funcionários públicos.

O que os capitalistas chamam de “inovação” através do aumento da competição com mais “concorrência” é, na verdade, a entrega dos recursos públicos e riquezas nacionais a preço de banana para os monopólios nacionais e internacionais da “iniciativa privada” concentrado em poucas mãos. O resultado deste programa entreguista é a subordinação ainda maior do Brasil aos interesses de grandes proprietários, que controlando a infraestrutura podem sujeitar a população ao aumento de preços de insumos essenciais e a carestia de vida, tudo em meio a uma crise econômica e mais de 100 mil mortos pela pandemia.

É necessário que o Porto de Santos e também de São Sebastião mantenham-se completamente estatais, assim como a revogação das privatizações anteriores da infraestrutura, que só pode ser bem gestionada e voltado aos interesses da população trabalhadora e pobre através do controle operário de seus próprios trabalhadores.

Contudo, para que a classe trabalhadora tenha seu direito ao emprego e a vida digna garantidos, é preciso que a economia nacional e suas riquezas sejam protegidos da ganância dos detentores da dívida pública que de maneira fraudulenta e ilegal sugam o PIB nacional para aumentar seu capital. Por isso, também defendemos o não pagamento da dívida pública e que os recursos disponíveis se voltem ao combate à pandemia, desemprego e por medidas que coloquem as condições de vida da imensa maioria da população no centro e não os interesses de especuladores do mercado financeiro.

 
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