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Iamspe é o novo alvo da política privatista de Dória
Redação

Ao anunciar o PL 529, Dória coloca o Iamspe, importante Instituto Médico para o funcionalismo público paulista, na mira das privatizações.

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Foto: reprodução

A Educação Pública Paulista há décadas é comandada pelo PSDB, são anos de descaso, de ataques e de desmonte. Milhares de professores são vítimas de uma política que lhes obriga a manter por anos ininterruptos dupla ou até tripla jornada docente para garantir um salário digno. A sobrecarga de trabalho afeta massivamente a qualidade de vida e a saúde física e psicológica dos profissionais da educação.

O mais novo avanço para a privatização dos setores públicos foi anunciado pelo PL 529 do governador de SP João Dória do PSDB com a justificativa infame da queda de arrecadação no ano 2020 e déficit de cerca de 10 bilhões para 2021. No capítulo II deste PL os funcionários públicos terão que arcar com o aumento das contribuições para o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe). Os dependentes que eram isentos passariam também a contribuir caso o projeto de lei seja aprovado. Somado ao aumento da alíquota da contribuição do INSS que varia de 11% a 16% com a aprovação da Reforma da Previdência de São Paulo, o rombo nos holerites dos professores e demais funcionários públicos é extremamente brutal haja vista que não há nenhum reajuste salarial entre o professorado Paulista há anos.

As privatizações e terceirizações são uma dura realidade para a classe trabalhadora deste país. O Iamspe, um Instituto Médico fundamental para a saúde do funcionalismo público de SP não pode ser alvo de um gestor que quer colocar nas costas do trabalhador as contas de uma crise que não é dele.

A falta de investimento nos setores públicos para justificar a necessidade de terceirizar e avançar nas privatizações é recorrente entre os partidos políticos que colocam os interesses da burguesia acima da vida das pessoas. O Iamspe está sofrendo esse processo de precarização, entretanto é lá que os professores que sofrem na pele os ataques impostos pelo PSDB na educação buscam tratamento clínico e psicológico, apesar da falta de investimentos, o Instituto é referência no tratamento de diversas especialidades porque os profissionais da saúde garantem atendimento de qualidade remando contra a maré do descaso governamental.

É por meio destas e de outras ações inescrupulosas que o capitalismo tenta inferiorizar e controlar o protagonismo do trabalhador. É preciso unir a força de toda a classe trabalhadora contra essa política privatista nefasta e lutar pelo controle dos trabalhadores e dos usuários do Iamspe para gerir as verbas destinada a ele, já que contar com o investimento nos setores públicos não é uma saída porque o dinheiro e o lucro acumulado vão continuar indo para os bolsos dos grandes empresários. Não há ninguém melhor para comandar as finanças, investir nos setores que mais precisam de atenção, aprimorar a estrutura de logística, contratar e organizar os profissionais do Instituto do que seus trabalhadores que enxergam os problemas internos e estruturais.

Os professores e todo o funcionalismo público de SP não podem sofrer mais esse ataque contra direitos conquistados com muita luta. É preciso a unidade de classe. Diante da crise sanitária que estamos vivendo o anúncio do PL 529 é repugnante. Estamos vendo a olhos nus a boiada passar e avançar contra os trabalhadores seja eles estáveis, precarizados, terceirizados, desempregados...e o único meio para que os trabalhadores assumam o seu espaço por direito só pode ser pela luta de classes.

 
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