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Mourão diz ser a favor de ricos pagarem por ensino, mas quer o fim das universidades públicas
Redação

O vice-presidente tenta esconder a sua intenção de desmonte das universidades públicas para serem privatizadas, o aumento dos lucros das universidades privadas e dos monopólios imperialistas da educação.

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Foto: Adriano Machado/Reuters

Em um país governado por Jair Bolsonaro e os militares, que defendem em plena crise sanitária e econômica um aumento do orçamento para o Ministério da Defesa enquanto diminui o orçamento para Educação, não seria de se espantar ouvir do vice-presidente, General Mourão, que as Universidades públicas deveriam ser pagas.

O vice fez nessa semana um discurso alegando defender que os filhos dos ricos paguem as universidades públicas. Mas, vindo de um militar já se sabe que algo de estranho estaria por trás dessa fala. E aí está a pegadinha. O vice declarou que isso seria “algo que nós temos que pensar hoje seriamente e sem preconceitos porque [pagamento a universidades federais] poderia ser um recurso canalizado para aqueles jovens que precisam de financiamento pagarem uma universidade privada”. Ou seja, a proposta não é tirar dos ricos um financiamento para as universidades públicas, mas sim que esse dinheiro serviria para os jovens mais pobres financiarem estudos em universidade privadas.

Mourão deixou claro que não defende a existência de universidade públicas, mas sim que essa - que possuem uma qualidade superior do que as privadas, em sua maioria - passariam a ser pagas por aqueles que estariam destinados a ocupar os melhores cargos no mercado de trabalho. E os jovens mais pobres ficariam com as universidades privadas, que na maioria das vezes possuem um ensino de qualidade inferior e rendem bilhões por ano. Lembrando ainda que grandes monopólios da educação estão loucos por abocanhar universidades menores por todo o mundo, como o grupo Kroton.

Essa saída colocada pelo General esconde sua intenção de desmonte das universidades públicas para serem privatizadas, aumento dos lucros das universidades privadas e dos monopólios imperialistas da educação, que querem enquadrar uma educação por classe com ideologia burguesa.

Veja aqui: Entenda como os monopólios da educação privada estão destruindo o conhecimento e seu direito de estudar.

É preciso lutarmos não somente pelas universidades públicas que existem, mas também que toda a educação seja pública e igualitária, com acesso universal sem a necessidade de vestibular, que é um sistema de ingresso universitário racista e excludente. Esse é o único meio da classe trabalhadora ter o seu direito de estudar assegurado.

 
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