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DA SMED
Parlamentares do PSOL acionam o MP contra a demissão de 700 terceirizados em Porto Alegre
Redação Rio Grande do Sul
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imagem de Luís Eduardo Gomes

Nesta segunda-feira (18), a deputada federal e pré-candidata à prefeitura de Porto Alegre, Fernanda Melchionna, conjuntamente com o vereadores Alex Fraga, Luciana Genro, Roberto Robaina e Karen Santos acionaram o Ministério Público do Trabalho para investigar as demissões de 700 terceirizados da SMED por negligência da própria empresa e da Prefeitura de Porto Alegre.

Os trabalhadores terceirizados, que já são uma categoria extremamente precarizada desde seus contratos instáveis e com pouquíssimos direitos trabalhistas, baixos salários e a constante ameaça de demissão, que triplicaram nos governos do PT, agora sofrem com o aprofundamento da crise sanitária e as medidas do governo Bolsonaro. Essa categoria que majoritariamente é composta por mulheres negras, está sob ameaça de inúmeras demissões por parte das empresas com o aval do governo de Marchezan, que quer demitir essas 700 trabalhadoras da SMED, as quais prestam os serviços essenciais de limpeza e de cozinha nas escolas municipais, responsáveis por manter funcionando a estrutura desses espaços.

O projeto de ataque às terceirizadas percorre o país inteiro, atingindo as trabalhadoras de inúmeras escolas municipais e estaduais e universidades públicas. Isso mostra que, para os capitalistas, a solução para crise orçamentária é aplicar o trabalho precário e mal remunerado, as humilhações e a falta de condições básicas de saúde e seguridade nas costas dos trabalhadores. Para nós, que sabemos que quem mantém as escolas, as universidades, as fábricas, os apps de entrega funcionando são os trabalhadores, acreditamos que a única saída para a crise é a unidade desses trabalhadores precarizados em luta contra as demissões, humilhações e as precarizações largamente impostas a esses setores.

Além disso, é necessário que o SIMPA, Sindicato dos Municipários de Porto Alegre, mobilize os trabalhadores do município contra os desmontes de Marchezan, posicionando-se ao lado das terceirizadas, que sempre são secundarizada pelos sindicatos e centrais sindicais, para organizarem uma batalha contra os ataques que sofrem.

Sobre as demissões, a pré candidata Valéria Muller disse: "Para reverter essas demissões seria fundamental que os sindicatos depositassem todas as suas energias para organizar os trabalhadores e lutar contra essa medida absurda. São centenas de famílias nas ruas! Sabemos como a justiça via de regra está do lado dos patrões, avalizando os ataques contra os trabalhadores, e que não devemos confiar nela. Nesse sentido é necessário confiar na força da organização de nossa classe. A minha pré-candidatura, do MRT, em legenda democrática no PSOL, está a serviço dessa luta e também da efetivação dessas terceirizadas, sem a necessidade de concurso público uma vez que provam todos os dias que são aptas a cumprirem essa importante função, e da divisão das horas de trabalho a fim de garantir emprego para todos durante essa crise."

É necessário que todos os desempregados tenham acesso a renda mínima de dois mil reais para poderem viver de forma mais plena em meio a pandemia, e também o confisco imediato de bens e fortunas de grandes sonegadores para direcionar o valor ao pagamento desses funcionários, já que as prefeituras alegam que não dinheiro para isso. É preciso batalhar por essas ideias para que sejam os capitalistas que paguem pela crise que eles mesmos geraram.

 
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