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AUXÍLIO EMERGENCIAL
Bolsonaro quer diminuir auxílio para 250 reais, ameaçando sobrevivência de 65 milhões
Redação

Nesta quarta-feira, 19, Bolsonaro declarou que pretende reduzir para 250 reais o auxílio emergencial que atende mais de 65 milhões de brasileiros desempregados e sem renda. Enquanto isso, deixa claro suas prioridades destinando recursos aos bancos e aumentando o orçamento do Ministério da Defesa em mais de R$5,8 bilhões.

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Já na quinta-feira passada, 13, em uma live, Bolsonaro afirmou ser impossível manter o auxílio emergencial no valor de R$600,00 que atualmente, em meio à pandemia e o aumento absurdo do trabalho precários, informal e o desemprego, tem ajudado mais de 65 milhões de brasileiros a comprar comida, pagar as contas e demais despesas.

Nesta quarta-feira, 19, em cerimônia na qual sancionou duas medidas provisórias que tratam do acesso ao crédito por pequenos empreendedores, o presidente deu novas informações sobre o auxílio emergencial, afirmando que pode estendê-lo até o final, mas com valor bastante inferior ao atual. Alguns integrantes governo apontam para o valor de R$300,00, entretanto Paulo Guedes e a equipe econômica sugerem R$200,00. Bolsonaro afirmou que acha “que dá pra chegar no meio termo”.

Segundo o presidente, a prorrogação do auxílio emergencial já foi discutida nesta quarta-feira com Rodrigo Maia, presidente da Câmara. A decisão da prorrogação deve ser anunciada por Bolsonaro ainda nesta semana. O que ainda não está fechado é o novo valor final que corresponderá ao auxílio.

Nesta cerimônia em que as equipes política e econômica discutiam possibilidade entre 200 e 300 reais, Bolsonaro declarou que “os 600 pesam muito para a União. Isso não é dinheiro do povo, porque não tá guardado, isso é endividamento. É isso mesmo? Tô falando certo? Acho que tô, né? [olhando para Paulo Guedes] Pra não me criticarem depois. E se o país se endivida demais, você acaba perdendo sua credibilidade para o futuro. Então R$600 é muito”.

Enquanto R$600,00 para a população “pesam para a União”, o governo Bolsonaro deixa bem claros seus interesses e prioridades ao destinar R$1,2 trilhão para salvar os bancos logo no início da pandemia, sem trâmites e discussão nenhuma, sendo este valor 4,8 vezes maior do que o auxílio emergencial gastou até agora, ajudando na renda de mais de 65 milhões de brasileiros desempregados, que correm o risco da fome e sofrem com as péssimas condições de vida.

Nesta semana também se conheceu a proposta orçamentária do governo que prevê um aumento de R$5,8 bilhões no orçamento do Ministério da Defesa no próximo ano, enquanto diminui não somente o auxílio emergencial, mas também o orçamento para a Educação que sofrerá uma queda significativa.

Que Bolsonaro privilegia e sofre pressão do apoio dos militares ao seu governo não é novidade, quando também um bilhão de reais que deveria ser destinado ao auxílio emergencial é investigado por irregularidades, visto que 52 mil militares ativos e inativos receberam o auxílio apesar de não se encaixarem nos requisitos.

Com os R$1,2 trilhão destinado aos banqueiros, R$5,8 bilhões ao Ministério da Defesa, com todo o dinheiro que foi perdoado pelo Estado e dado a grandes empresários brasileiros e estrangeiros por renúncia fiscal, que já soma mais de R$331 bilhões, seria possível não somente estender o auxílio emergencial por muito mais tempo, como aumentar o seu valor, podendo destinar R$2 mil por trabalhador.

Com tudo isso, fica cada vez mais evidente as hierarquias de gastos do governo Bolsonaro, dos militares, do Congresso, STF e governadores que implementam Projetos de Lei como o 529 de Doria que prevê privatização de inúmeras fundações no Estado de São Paulo, que aprovam Medidas Provisórias que atacam os trabalhadores, cortando salários, flexibilizando contratos e demitindo milhões, fazendo com que a classe trabalhadora pague por toda esta crise. Tudo isso enquanto salvam os bancos e grandes empresas.

Eles declaram que o dinheiro que está sendo utilizado para o pagamento do auxílio emergencial “não é dinheiro do povo, porque não tá guardado, isso é endividamento”. O que reafirma a necessidade de defender o não pagamento da fraudulenta dívida pública que rouba as riquezas do país para grandes capitalistas, e a taxação às grandes fortunas de famílias que há décadas acumularam suas riquezas com base no sangue e suor dos trabalhadores.

 
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