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LUTA DE CLASSES
Rodoviários de Juiz de Fora entram em greve contra ataques dos patrões
Redação Minas Gerais

Motoristas e cobradores da cidade de Juiz de Fora (MG), que já haviam paralisado o serviço de transporte público por mais de 24 horas no mês passado, motivados pelo não pagamento do ticket alimentação aos 198 funcionários transferidos da empresa de transporte GIL para a ANSAL, entraram em greve na madrugada desta terça-feira (18).

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Foto: Tribuna de Minas

Os trabalhadores cruzaram os braços após a realização de duas assembleias, na segunda (17), depois de não haver pagamento de parcela salarial acordada junto à empresa Goretti Irmãos Ltda (Gil).

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Motorista e cobradores pararam desde a madrugada todos os ônibus, se concentrando em frente à garagem da empresa Gil e demais garagens das empresas de ônibus que fazem parte de uma verdadeira máfia que domina o transporte público da cidade durante anos, sendo responsável por aumentos abusivos das passagens, enquanto seus funcionários seguem sendo atacados. Hoje, como parte das reivindicações da greve, os trabalhadores reivindicam a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Além disso, também reivindicam uma explicação da Gil sobre os diferentes valores creditados nas contas dos trabalhadores na tarde de segunda-feira.

Os trabalhadores ainda sentem na pele, como várias outras categorias pelo país, a MP 936 – conhecida como MP da morte de Bolsonaro – que garante que patrões possam reduzir jornadas de trabalho, mas, com isso, também reduzir salários de seus trabalhadores em meio à pandemia.

Mais de cem trabalhadores também protestaram por volta das 10h30 na Praça do Manoel Honório, na Zona Leste de Juiz de Fora, de onde partiram em direção ao Centro. Os trabalhadores mostraram mais uma vez, como haviam demonstrado no mês passado, a força de sua classe, principalmente no momento de pandemia em que fica ainda mais nítido como são essenciais.

A greve dos rodoviários de JF é parte de demonstrar o potencial que pode ter a auto-organização dos trabalhadores na luta por seus direitos e contra os ataques de governos e patrões, como também demonstraram os entregadores de aplicativos em várias cidades do país e os trabalhadores dos Correios que também iniciaram hoje (18) sua greve.

Por tanto, a luta desses trabalhadores e dos rodoviários, em particular, é parte de mostrar que se os motoristas e cobradores são essenciais, são os únicos que podem atender de fato aos interesses da população e devem controlar democraticamente o transporte junto aos usuários, sendo os únicos capazes de colocar suas vidas a frente dos lucros dos patrões que, frente a crescente crise econômica, política e sanitária, buscam descarregar a crise nas costas dos que seguem trabalhando.

 
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