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Réplicas do passado no presente
Afonso Machado
Campinas
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Por estas matas feitas de concreto e árvores queimadas, compostas de suor e medo do inferno, existem ditadores que felizmente não possuem o poder político dos ditadores. Um desejo policialesco emerge das mentes tacanhas para reprimir trabalhadores, destilar racismo e vigiar aqueles que integram a oposição política. Calar, prender e controlar são palavras que testam os ambíguos limites da democracia burguesa no Brasil de 2020. Os reacionários do presente afirmam: “ É preciso reprimir os militantes de esquerda “.

“ Podem me prender
Podem me bater
Podem, até deixar-me sem comer
Que eu não mudo de opinião “ (Zé Keti, 1964)

Na grave crise econômica que o país mergulha, os trabalhadores são obrigados a pagar com a exploração e com relações precárias de trabalho, a gigantesca conta que os capitalistas nunca pagam. O proletariado atravessa um deserto feito de aplicativos, baixos salários, profunda alienação religiosa e insegurança constante. Os crimes dos capitalistas tornam-se mais evidentes quando assistimos políticas que priorizam as privatizações e os cortes na Educação. Os reacionários do presente afirmam: “ É preciso que o trabalhador apenas venda o seu trabalho, não é preciso que o trabalhador estude “.

“ Ler faz parte da luta de classes
(...) De quem é a culpa se a opressão persiste? Nossa.
Quem a destruirá? Somos nós.
Você está abatido? Levanta-te!
Você pensa que está perdido? Ao combate! “ (Bertolt Brecht, 1931)

Não são poucos os grandes capitalistas que lucram no meio de toda a desgraça brasileira. Do ponto de vista ideológico, a extrema direita está aí para desviar a atenção da população quanto a este fato. Assim, segmentos conservadores reprimem a reflexão crítica. Pensar seria sinônimo de traição, questionar seria o oposto de patriotismo, contestação equivaleria ao satanismo. Não por acaso, a retórica patriótica surge em muitos casos a partir de um culto bélico, de uma paixão que oculta as diferenças de classe. Os reacionários do presente afirmam: “ Os trabalhadores não devem questionar as injustiças sociais, pois não podem ser inimigos da pátria “.

(...) Quem não tem patrimônio não tem pátria! (...) Guerra... Tapeação! Defender o que ? A propriedade dos ricos...(...)
(...) É impossível que os proletários não se revoltem . Agora é que eu senti toda a injustiça, toda a iniquidade, toda a infâmia do regime capitalista. Só tenho uma coisa a fazer, lutar encarniçadamente contra esses patifes da burguesia “(...). (Patrícia Galvão, 1933)

O antifascismo e o antirracismo rimam com o projeto político comunista. Mas a palavra “ comunismo “ é constantemente bombardeada pela extrema direita: esta usa como exemplo as deformações, o autoritarismo e os erros do stalinismo para dizer que as ideias comunistas representam “ um fracasso “. Se faz necessário demonstrar que o comunismo equivale á libertação da humanidade. Os reacionários do presente afirmam: “ O capitalismo é eterno e o comunismo puro atraso “.
(...) O modo de vida comunista não crescerá ás cegas como os recifes de coral no mar, mas controlado, dirigido e retificado de forma consciente pelo pensamento crítico(...) O homem irá se tornar incomparavelmente mais forte, mais sábio e mais sutil. Seu corpo será harmonioso, seus movimentos mais rítmicos, sua voz mais melodiosa. As formas de sua existência adquirirão qualidades dinamicamente dramáticas. A espécie humana, na sua generalidade, atingirá o talhe de um Aristóteles, de um Goethe, de um Marx. E sobre ela se levantarão novos cumes. (Leon Trotski, 1923)

 
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