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ABSURDO
Latifundiários, aliados de Zema, estão por trás do despejo em acampamento quilombola
Redação

O processo de despejo contra o assentamento Quilombo Campo Grande, tem seus interesses claros concentrados nos latifundiários e grandes empresários agrícolas brasileiros, junto com seus aliados no governo como Zema ou o judiciário mineiro.

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Foto: MST MG

O absurdo processo de despejo contra o assentamento Quilombo Campo Grande levado a frente pela justiça e permitido pelo governo de Zema (Partido Novo), tem por trás interesses de um dos maiores latifundiários produtores de café do mundo: João Faria da Silva, dono da empresa Terra Forte, que comercializa café para grandes empresas como a Nestlé, Pilão, Café Pelé, Damasco, entre outras.

A chamada “Ação Reintegratória de Posse” foi requerida em 2011 pela empresa falida “Companhia Agropecuária Irmãos Azevedo (Capia)”, antiga administradora da Usina Ariadnópolis Açúcar e Álcool S/A. Parado na Justiça por cinco anos, o processo ganhou força após a homologação, em 2016, do plano de recuperação judicial da Capia, dezesseis anos após a falência da empresa ter sido decretada e terem deixado milhares de trabalhadores ao alento, sem emprego ou renda e sem os direitos garantidos.

O plano de Reintegração incluía o arrendamento de parte dos 3.195 hectares da Fazenda Ariadnópolis para a Jodil Agropecuária e Participações Ltda, cujo proprietário é ninguém menos que João Faria.

O latifundiário detém cerca de 5779 hectares, divididos entre MG e SP. Uma dessas fazendas é a Campo Verde, localizada ao lado das terras ocupadas pelas famílias do assentamento.

Enquanto os trabalhadores lutam diariamente para sobreviver com uma experiência de produção cooperativa, sem uso de insumos químicos, agrotóxicos e sementes transgênicas, os latifundiários querem aumentar cada vez mais seu verdadeiro império, custe o que custar.

João Faria possui 20 empresas em seu nome, sendo elas armazéns, transportadoras, comercializadoras e 7 fazendas de café. O empresário também é o dono da Campneus, a maior revendedora brasileira da Pirelli.

E foi a aliança entre os latifundiários que conseguiu suspender judicialmente um decreto do governo mineiro, que em 2014, havia autorizado a desapropriação da área da antiga usina para que ela fosse destinada à reforma agrária.

Quando a gente do Esquerda Diário fala que a justiça está do lado dos capitalistas e são servis à burguesia, fica comprovado com casos como esse. Enquanto Jovane e Faria, empresários exploradores, vislumbram com o despejo o aumento dos lucros que já são gigantescos; as famílias ficarão sem terra, sem moradia, sem emprego, e sem perspectivas, no meio de toda essa crise sanitária e econômica.

 
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