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"Acabaram com o emprego no Brasil", diz Bolsonaro se isentando da culpa do desemprego
Redação

Como sempre, Bolsonaro tenta tirar totalmente a culpa da sua própria figura, naturaliza os ataques que o mesmo destilou e se prepara para colocar ainda mais a economia por cima das vidas dos trabalhadores.

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Imagem: Adriano Machado/Reuters

Como sempre, Bolsonaro tenta tirar totalmente a culpa da sua própria figura, naturaliza os ataques que o mesmo destilou e se prepara para colocar ainda mais a economia por cima das vidas dos trabalhadores.

Bolsonaro voltou ao Planalto nessa segunda-feira, depois de três semanas de quarentena pela sua suposta infecção pelo COVID-19, e não perdeu tempo antes de apresentar uma nova fala absurda. "Acabaram com o emprego no Brasil e a gente agora vai ter que trabalhar para recuperar”, colocou ele ao ser indagado sobre a questão do desemprego, se queixando ainda dos "muitos problemas para resolver que outros fizeram e colocaram no meu colo”.

Dados do IBGE do mês de junho revelaram, mais uma vez, aumento significativo do desemprego no país, com um aumento de 1,7 milhões de brasileiros sem emprego formal. O aumento do desemprego, porém, antecede a pandemia do novo COVID-19, se aprofundava já há um tempo no governo Bolsonaro, em especial frente aos ataques como o aprofundamento da terceirização, a flexibilização da CLT com a carteira “verde e amarela”, a reforma trabalhista, entre tantos outros ataques que objetivam nada mais que aumentar os lucros dos capitalistas ao tirar cada vez mais dos trabalhadores. A pandemia, então, intensifica ainda mais o cenário que já tinha sido colocado com uma crise sanitária, social e econômica sem precedentes, com demissões em massa, a precarização ainda maior de diversos setores, além de uma grande parcela da população tendo que migrar para o trabalho informal, como as entregas de aplicativos.

O absurdo desse cenário fica claro em contrapartida com a realidade paralela que vive os capitalistas. De acordo com pesquisas da ONG OxFam, 42 bilionários brasileiros tiveram um aumento em suas fortunas de pelo menos 34 bilhões de dólares. Dados da pesquisa “Quem Paga a Conta? - Taxar a Riqueza para Enfrentar a Crise da Covid-19 na América Latina e Caribe” ainda apontam que oito novo bilionários surgiram na América Latina desde o início do isolamento social, enquanto estima-se que até 52 milhões de pessoas se tornarão pobres e 40 milhões perderão seus empregos ainda este ano.

A contradição dessas duas realidades só realça a desigualdade social criminosa que faz com que as crises sejam jogadas nas costas dos trabalhadores, dos negros, das mulheres, das populações mais marginalizadas. Que os capitalistas paguem pela crise! É preciso exigir urgentemente a taxação das grandes fortunas, com recursos sendo encaminhados para a saúde pública e combate à pandemia, que os governos garantam renda mínima básica, EPI’s e segurança necessária para os trabalhadores essenciais. Que os trabalhadores organizados, superando a burocracia e traição sindical, sejam vozes ativas em seus locais de trabalho e tomem em suas mãos os postos estratégicos dos serviços essenciais, só assim será possível uma real saída para a crise!

 
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