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MACHISMO
Boxeador que fez vídeo ensinando a bater na mulher em rede social pagará multa irrisória
Redação

O homem, que foi multado, endereçava o vídeo para aqueles que estão em isolamento social com mulheres.

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Imagem: Reprodução/Instagram

O pugilista britânico Billy Joe Saunders publicou o vídeo em março desse ano. O ato de extremo machismo que legitima a posição do homem como agressor trazia as frases: “Se sua ‘velha’ está enchendo o saco e você tenta ser paciente”, “Depois do sexto dia você está prestes a explodir”, completando o vídeo desferindo socos.

Saunders foi suspenso do esporte pelo Conselho Britânico de Controle de Boxe na época do lançamento do vídeo. Nesta semana, o tribunal converteu absurdamente a punição para multa de 15 mil libras, algo em torno de 100 mil reais. O dinheiro será doado a instituições de caridade.

Taxa de feminicídio aumentou enormemente com a pandemia da COVID-19. Um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública em quatro estados revelou que houve aumento de feminicídio no mês de março. No Rio Grande do Norte, em março 2019, foi registrado um feminicídio. Neste ano foram quatro. No Acre, passou de um caso para dois. Mato Grosso foi o estado que teve o maior aumento percentual: 400%. Foram dez mulheres mortas só em março. No Rio de Janeiro, números do próprio governo relatam um amento de 50% nos casos de violência contra mulher. Já em Minas Gerais, especialistas alertam sobre o risco da subnotificação, já que com a pandemia as mulheres não saem de casa para fazer a denúncia, e 35% da população mineira não tem internet para os registros online.

A desigualdade entre mulheres e a violência contra elas reforça seu papel econômico no lar para sustentar o capitalismo. Considerando que a pandemia do COVID-19 pode durar meses, vir em ondas, e que é pouco provável que essa seja a última pandemica causada e piorada pelo capitalismo, a questão de como manter pessoas seguras durante uma pandemia sem piorar a opressão de mulheres requer uma consideração profunda. Por hora, manter abrigos abertos e seguros, garantindo as necessidades de funcionários e sobreviventes, desenvolver alternativas para o policiamento, construir comunidades frente ao distanciamento social, e impor demandas ao estado por provisões sociais maiores, são algumas das coisas que podem ser feitas para lidar com a epidemia de violência doméstica no contexto de uma pandemia.

 
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