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REPRESSÃO POLICIAL
Polícia Militar atira em trabalhadores e crianças na comunidade do Sapé, em São Paulo
Redação
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Na noite de ontem, 19/07, a Polícia Militar resolveu dar mais uma mostra da sua truculência contra o povo pobre e negro. Após realizar mais uma das recorrentes incursões que a Polícia Militar costuma fazer nas favelas de todo o país para amedrontar a população trabalhadora, um dos PM’s teria derrapado e caído da sua moto.

De acordo com a declaração publicada pela página UOL, tal situação provocou risos nos moradores que, naquele momento, estavam terminando seu descanso de domingo nas calçadas de suas casas com suas famílias. O Policial então foi em direção aos moradores que riam, e atirou na perna de um deles, conforme mostra claramente o vídeo abaixo que circula nas redes sociais feita por moradores que acompanhavam das varandas de suas casas mais essa mostra do absurdo da violência policial.

Em seguida, com os moradores assustados, o PM ainda dispara mais três tiros em direção aos pais e filhos que corriam pelas ruas pra fugir dessa violência gratuita. A corporação da Polícia Militar nega essa versão explícita nas gravações feitas pelos moradores, e no boletim do caso, registrado no 51º Distrito Policial, afirma, no maior descaramento, que os “moradores tentaram tomar o armamento dos policiais, houve disparos de arma de fogo (...) Um disparo atingiu a viatura do comando da PM”.

Evidentemente que a corporação de conjunto é responsável por mais essa barbárie de violência policial que atirou na perna de um trabalhador, cujo único crime era estar com seus filhos e familiares tomando um ar fresco na calçada na noite de domingo, e ser morador de favela. O Policial que fez os disparos é apenas o elo final de toda uma corporação organizada à serviço de reprimir trabalhadores, amedrontar moradores de favela, perseguir e assassinar a juventude negra. Isso fica evidente no boletim realizado pela Polícia Militar e avalizado pela Polícia Civil do 51º Distrito que nega os fatos evidentes nos vídeos feitos pelos moradores, e tenta legitimar a violência policial gratuita com uma versão de que teria sido legítima defesa da consequência de um ataque dos moradores (sic!)

Como já dava a letra, Eduardo, do Facção Central, “o retrato da favela tem só uma imagem, mas cada olho tem sua interpretação pra essa imagem (...) os olhos do gambé vêem traficantes com AR-15 e lançador de granada (...) vêem em cada barraco um esconderijo, uma boca, em cada senhora de cabelo branco, uma Dona Maria, mãe de bandido”. Esse é o retrato que a polícia faz da favela, e que legitima esse tipo de ação. Por isso, assim como nos Estados Unidos a população tem se levantado após o brutal assassinato de George Floyd, pra dizer que é necessário extinguir a polícia militar, é hora do Brasil se levantar pra dizer um basta à violência policial, e pra isso não adianta afastar um ou outro membro da corporação, é necessário abolir todas as polícias como instrumento de repressão e violência dos patrões e dos governos contra o povo pobre e trabalhador.

 
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