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FAMÍLIA BOLSONARO
Investigações apontam que ex-esposa de Bolsonaro ficou milionária durante o casamento
Redação

Ana Cristina Siqueira Valle, a segunda ex-esposa de Jair Bolsonaro, amealhou um patrimônio de mais de R$ 5 milhões em imóveis durante os 11 anos que fez parte do clã, imóveis pagos em boa parte com dinheiro vivo

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A revista Época publicou reportagem nessa sexta, 17, na qual revela que o inquérito que apura o escândalo das rachadinhas nos gabinetes de Flávio e Carlos Bolsonaro nos anos que estes eram deputado estadual e vereador, respectivamente, encontrou mais um membro da família que em poucos anos conseguiu tornar-se um milionário.

Trata-se da segunda ex-mulher de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, que foi casada com o atual presidente entre 1997 e 2008. Nesse período ela adquiriu 14 imóveis em conjunto com o então deputado federal Jair, imóveis que eram avaliados em cerca de R$ 3 milhões na datada separação, em 2008. Corrigido pela inflação, esse valor seria o equivalente a R$5,3 milhões nos dias atuais.

Trata-se de uma evolução patrimonial miraculosa para um período de 11 anos, ainda mais levando em conta que Valle não possuía patrimônio em 1997 e Bolsonaro possuía apenas dois apartamentos e um terreno. Mas a evolução patrimonial do casal não é o único indício de corrupção nessa incrível máquina de gerar dinheiro que é clã Bolsonaro, que não apenas produz dinheiro em profusão, mas também mantém boa parte dessa riqueza em dinheiro vivo, como demonstra os documentos relacionados a compra desses imóveis.

A reportagem aponta que 5 dos 14 imóveis foram comprados “em moeda corrente”, ou seja, em dinheiro vivo, em aquisições que somadas perfazem R$ 243 milhões nos valores da época, montante que se elevaria para R$ 680 mil com a inflação corrigida para os dias atuais. Essas transações foram realizadas entre 2000 e 2006, período no qual Valle também foi chefe de gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara de Vereadores no Rio de Janeiro e os investigadores acreditam que esse dinheiro pode ter sua origem em um esquema de rachadinha operado por ele nesse gabinete.

Mais do que isso, essas transações podem ter sido utilizadas para a lavagem de dinheiro de imóveis oriundos de outras fontes criminosas. Muitos dos imóveis comprados por valores muito abaixo do mercado e revendidos posteriormente por valores muito acima do mercado, em uma prática similar a utilizada por Flávio Bolsonaro e que também é investigada.

Um bom exemplo dessa manobra são os terrenos que Ana Cristina Valle adquiriu por R$ 160 mil em 2006 e revendeu por R$ 1,9 milhões apenas cinco anos depois, com uma inexplicável valorização de mais de 1000%. Tem mais: o comprador desses terrenos, o empresário do setor de transportes Marcelo Traça é um conhecido delator da operação Lava Jato que já admitiu em outras ocasiões que adquiria imóveis como forma de lavar dinheiro.

Não bastando todas essas claras evidências da corrupção que se alastrava pelos gabinetes dos Bolsonaros, a reportagem ainda informa que Valle empregou boa parte dos seus familiares nos gabinetes do clã, como a irmã Andrea, que constou nas listas de funcionários da Família Bolsonaro durante 20 anos mesmo residindo e trabalhando em Juiz de Fora, Minas Gerais.

Essas novas revelações surpreendem não surpreendem a ninguém, uma vez que apesar do lamurioso chavão dos Bolsonaristas de que seu presidente seria honesto, cada nova informação que surge do passado de Jair Bolsonaro e seus filhos só servem para enredá-los cada vez mais na lama da corrupção e do crime organizado manifestado em suas inúmeras ligações as milícias cariocas.

 
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