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UFRN
Estudantes do CCHLA-UFRN repudiam propostas de EAD da reitoria e chamam assembleia geral
Redação

Na última quarta-feira, 1 de julho, ocorreu uma reunião aberta entre os representantes e dos CAs do CONSEC/CCHLA para debater as propostas da reitoria de dar continuidade ao calendário acadêmico via EAD. Rejeitaram qualquer proposta de EAD e que as atividades retornassem presencialmente após a pandemia e decidiram se organizar para convocar uma assembleia geral dos cursos do CCHLA para debater o EAD, fazendo uma exigência a que o DCE organize imediatamente assembleias gerais dos estudantes em cada centro da UFRN.

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A reitoria da UFRN, depois de impor de maneira complementamente anti-democrática o semestre complementar 2020.5, negando qualquer poder de decisão aos estudantes, agora vem discutindo como avançar na implementação do modelo EAD na universidade durante a pandemia.

Sua proposta pretende retomar o semestre regular obrigatório de 2020.1 em EAD nas próximas semanas, com a única opção de ser adotado mais um semestre complementar facultativo, 2020.6, antes disso.

Há pouco mais de duas semanas do início do semestre complementar 2020.5, os estudantes presentes nessa reunião expressaram como tem sido uma experiência completamente desgastante por conta da pandemia e de aprendizagem precária, sobretudo para as mães, aqueles com parente doente em casa, e uma série de realidades que fazem do EAD um modelo altamente excludente.

Inclusive questionaram a posição do DCE, que apesar de se colocar crítico ao EAD e ao semestre complementar, comemorou a aprovação do auxílio internet como se fosse uma vitória dos estudantes, que além de irrisório a maioria que teve acesso sequer recebeu. Criticaram a postura de negociar com a reitoria no CONSEP essa medida paliativa, ao invés de denunciar o caráter autoritário de como tomou a decisão sobre o EAD, como parte de fortalecer o rechaço a toda proposta de EAD e convocando os estudantes a baterem de frente com a reitoria. Nesse sentido, exigiram que o DCE convocasse imediatamente uma assembleia geral para debater as propostas de EAD da reitoria.

Diante disso, ao debater as propostas da reitoria, a maioria dos estudantes do CCHLA nessa reunião rejeitaram ambas as propostas, e que a posição do CONSEC/CCHLA fosse de nenhum EAD ou Ensino Remoto até retornarem às atividades presenciais com o fim da pandemia. Debateram levar para a assembleia dos estudantes do CCHLA que decidiram construir um debate sobre a exigência à reitoria de um plebiscito para que a comunidade acadêmica pudesse debater amplamente e decidir sobre o EAD na UFRN. Além disso, defenderam uma assembleia dos três setores na retomada das atividades presenciais, que tenha poder de decisão sobre como se organizará então a universidade.

Fica evidente estratégia da reitoria é avançar na implementação do EAD como modelo de ensino na universidade paulatinamente, dando um verniz “democrático” com os semestres facultativos. Ao mesmo tempo submete toda decisão sobre o EAD a uma consulta aos conselhos de departamentos, submetidos à decisão que o CONSEP, composto por uma elite acadêmica e de burocratas tecnocratas, com irrisória participação de estudantes e funcionários.

O EAD avança nas universidades de todo país mesmo com a saída de Weintraub e as inúmeras trocas no MEC. É um modelo privatista de ensino que vem com o objetivo de adaptar a realidade das universidades “aos novos tempos”, que combina o mais avançado da robótica e das tecnologias de aplicativo com um aprofundamento brutal da precarização do trabalho e um desemprego crescente.

Exemplo disso são as próprias empresas de aplicativo, Rappi, iFood, que empregam sem nenhum direito setores mais precários da juventude, em sua maioria negros, e que cada vez mais é onde mestres, doutores encontram trabalho.

Por isso, através do Esquerda Diário, impulsionamos esse chamado dos estudantes do CCHLA e uma assembleia desses estudantes assim como a exigência que o DCE convoque uma assembleia geral. É necessária a mais ampla organização dos estudantes para impor um rechaço ao EAD e botar em cheque o caráter autoritário da reitoria, que em tempos de pandemia se vale para abrir caminho a uma transformação reacionária da universidade, limitando ainda mais que o conhecimento produzido nela sirva à sociedade.

Por isso achamos que o impulso de uma campanha por um plebiscito sobre o EAD, em exigência à reitoria, é fundamental para questionar a estrutura de poder nessa universidade e batalhar para que nesse momento a universidade aprofunde suas iniciativas de responder à pandemia a serviço dos trabalhadores e do povo pobre. Pois só assim poderemos defender a universidade pública, transformando o seu caráter excludente e antidemocrático, abrindo caminho para que sejam a maioria da universidade que decida sobre os rumos da produção de conhecimento dentro dela.

No último sábado, ocorreu também uma reunião de Conselho de Entidades de Base, na qual a gestão do DCE, representada por militantes do Juntos! defendeu e aprovou a criação de uma comissão que desenvolverá um projeto alternativo que não rompe com a lógica do ensino remoto, nem levou em consideração as posições defendidas pelos estudantes do CCHLA. Nós da Faísca - Anticapitalista e Revolucionária defendemos os posicionamentos encaminhados na reunião de estudantes do CCHLA e colocamos nossas forças integralmente à disposição de ajudar a impulsionar a auto-organização dos estudantes e para defender realmente que nenhum estudante fique para trás.

 
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