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CRISE CAPITALISTA
Leite revela em live um fluxo de bilhões para empresários pelo FUNDOPEM em meio à pandemia
Redação Rio Grande do Sul

Em meio à pandemia, com o sistema de saúde colapsando, Eduardo Leite revela um fluxo de bilhões para os grandes empresários gaúchos em detrimento das vidas. Apostando que o povo não faria uma conta simples Leite afirmou, durante a live do dia 24/6, que o FUNDOPEM destinou 2,4 bilhões para a geração de 7124 postos de trabalho. Os empresários gaúchos levaram a bagatela de R$336.889,38 por cada emprego que geraram.

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O Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul (FUNDOPEM/RS) deriva de uma lei criada em 2003 para o desenvolvimento do parque industrial gaúcho e principalmente a “geração significativa de empregos” como consta no próprio site do Governo do Estado. Porém na prática trata-se da legalização da entrega de dinheiro público nas mãos de grandes empresários, e ninguém sabe ao certo o que fazem com o dinheiro. Uma coisa é certa, cada emprego gerado pelo FUNDOPEM custou R$336.889,38.

Para gerar cada mísero posto de trabalho com salário miserável os empresários gaúchos ganham um valor suficiente para abrir uma empresa de médio porte. Esse valor no entanto não garante os empregos. Segundo dados do IBGE a taxa de desemprego do RS se mantém em torno dos 8% de 2016 a 2019. Com a pandemia aumentaram 45% os pedidos de seguro desemprego em comparação com o mesmo período de 2019. De janeiro a abril desse ano 145.155 trabalhadores solicitaram o seguro. E o governador fala como se fosse motivo de orgulho que apenas 7124 empregos tenham sido gerados com 2.4 bilhões de reais.

Esses mesmos empresários que recebem fortunas de forma legal pelo FUNDOPEM só em 2020 juntos já sonegaram mais de 5 bilhões e 269 milhões reais, segundo o site impulsionado pelo sindicato dos técnicos tributários (AFOCEFE). Essa é a crise que o povo trabalhador gaúcho enfrenta para sustentar a classe exploradora. Com o agravante de estarmos em meio a uma pandemia em que 559 vidas já foram perdidas e 25.243 pessoas foram notificadas com COVID-19, mesmo sem testes suficientes para todos.

É um verdadeiro absurdo que tanto dinheiro seja destinado para os ricos, bilionários e milionários, enquanto milhares de trabalhadores estejam pagando com suas vidas, se expondo durante a pandemia com trabalhos cada vez mais precários e sem direitos, como os entregadores de aplicativo, para que a classe dominante não perca nem sequer um centímetro de seu padrão de vida luxuoso. Alguns enriquecendo ainda mais durante a pandemia como os banqueiros.

Somente a unidade dos trabalhadores de todos os setores, essenciais e não essenciais junto com a juventude, com auto organização em cada local de trabalho podem tomar em suas mãos a transformação radical dessa sociedade, tomando as fábricas, hospitais, bancos e tudo o mais em suas mãos e exigindo uma Constituinte Livre e Soberana imposta pela luta para que seja o povo que decida os rumos do país. Para isso é preciso exigir também que os sindicatos e as grandes centrais como CUT e CTB saiam da paralisia e parem de negociar a implantação da reforma trabalhista com os patrões e passem a organizar um plano de luta contra a precarização do trabalho. Para que nossa classe, no país mais negro fora da África, pare de morrer pela fome, pelas mãos da polícia racista ou pela COVID-19. Para que os ricos capitalistas paguem pela crise que criaram. Comecemos por apoiar com todas as forças a paralisação internacional dos entregadores de apps dia 1º de julho. Nossas vidas valem mais que os lucros deles!

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