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CORONAVÍRUS
Com descaso, Doria e Covas planejam reabertura de bares e restaurantes em SP para segunda-feira
Redação

A prefeitura da capital paulista anunciou ontem de que pretende ir avançando na flexibilização das medidas de segurança em relação a pandemia da Covid-19. O prefeito falou que está confiante de que até segunda-feira a cidade sairá da fase laranja (controle) para a fase amarela (flexibilização) do Plano São Paulo, o programa do estado de São Paulo de reabertura gradual do comércio.

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Essa decisão depende da resposta do Comitê de Saúde do Estado de acordo com os parâmetros do Plano e da reunião da comissão municipal de saúde com entidades representantes de bares e restaurantes. Com essa mudança de fase será permitido a reabertura de bares e restaurantes com algumas restrições.

O prefeito Bruno Covas disse “Agora, sexta-feira, o governo do estado deve apresentar uma nova reclassificação das regiões e da cidade de São Paulo. A nossa expectativa é que a cidade de São Paulo, agora com essa reclassificação, entre na fase 3, na fase amarela, o que permite a reabertura por seis horas por dia dos restaurantes aqui na cidade de São Paulo. (...) A expectativa é, com essa reclassificação, a partir de segunda-feira, eles possam retomar atividade.

Essa notícia chega em um momento em que os casos ainda estão só aumentando. O estado de São Paulo até hoje já registrou quase 14 mil mortes, sendo mais da metade delas na capital. Na última semana a capital teve um aumento de 21,5% no número de casos. Isso contando somente os confirmados, não levando em conta a grande subnotificação pela falta de testes.

Quem ganha com isso são somente os patrões. A ABRASEL (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) enviou propostas de protocolos para a prefeitura, em que incluía que deveria ser disponibilizado, máscaras, álcool e luvas aos funcionários. Mas pela experiência em outros estados, sabemos que não é bem assim que funciona. Os funcionários acabam tendo que tirar do próprio bolso muitas das vezes para tentar se proteger. São os trabalhadores que vão pagar o preço dessa reabertura, é quem vai estar exposto para garantir o lucro dos patrões.

Para realmente ser possível criar um plano racional é preciso acabar com a subnotificação, pois só assim será possível racionalizar com um mapeamento consciente do vírus, e para isso exigimos testes massivos. Além disso, estatizar todo o sistema de saúde centralizado e sob controle dos trabalhadores e aumentar as contratações nessa área, também é necessária a reconversão de toda a indústria para produzir respiradores e outros equipamentos que são usados no combater à pandemia.

Não podemos aceitar que os governos conscientemente decidam manter uma subnotificação assassina, e muito menos que operem uma reabertura sem garantias e condições de segurança, fazendo crescer o número de mortos. Nossas vidas valem mais do que os lucros deles!

 
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