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EDUCAÇÃO
Militar e financista, saiba quem é o novo ministro que dará continuidade aos ataques à Educação
Redação

Carlos Alberto Decotelli da Silva traz um currículo que atende sob medida os interesses de Bolsonaro: oficial da reserva da Marinha além de ser um economista ligado aos interesses das finanças e do agronegócio. Sua única experiência na Educação foi a frente do FNDE, passagem que deixou contratos sob suspeita de corrupção.

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O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira (25), por meio de uma rede social, a nomeação do professor Carlos Alberto Decotelli da Silva para o cargo de ministro da Educação.

O cargo estava vago desde que o reacionário Abraham Weintraub anunciou sua saída para ocupar um cargo no Banco Mundial, numa demissão acordada para costurar a trégua entre STF e o bloco Bolsonaro e militares, blocos estes que vinham em disputas autoritárias crescentes.

O sucessor de Weintraub traz um currículo parecido ao de seu antecessor, mais um economista com muito mais experiência na gestão dos interesses do capital privado, através de fundos e outros ativos financeiros, do que com uma formação na área de educação. Seu doutorado, por exemplo, é uma análise sobre "Gestão de Riscos na Modelagem dos Preços da Soja". Dessa forma, já dá para antecipar que a Educação seguirá voltada a atender aos interesses do mercado, da mesma forma como Weintraub já vinha buscando implementar, como através de seu programa do Future-se.

Fato que deve ter chamado a atenção de Bolsonaro para sua escolha, é o de Decotelli ser um oficial da reserva da Marinha. Sua única experiência com a Educação foi no controle do FNDE, maior autarquia para a gestão financeira da educação do Brasil. Um antecedente que acende alertas para sua gestão num contexto de crescente negociações por parte do governo Bolsonaro com o Centrão.

Quando Decotelli presidiu o FNDE, a empresa Brink Mobil foi escolhida, por licitação, para fornecer material escolar para alunos da rede pública. O dono da Brink Mobil, Valdemar Ábila, foi preso preventivamente pela PF na Operação Calvário, da Polícia Federal em dezembro de 2019. O processo licitatório teve início em 2018. Em fevereiro de 2019, o FNDE e a Brink registraram a ata de registro de preços com valor total de R$ 374 milhões. Decotelli e Ábila assinaram o documento.

O currículo de Decotelli traz diversos ativos que são do interesse de Bolsonaro no momento. Em meio a aproximação com o fisiologismo do centrão, Decotelli já tem um histórico suspeito na gestão do FNDE, atualmente sob controle do próprio centrão. Além de ser mais um militar para a longa lista de militares dentro do governo. Por último, é um financista que dará continuidade aos ataques à Educação que Weintraub já vinha aplicando.

 
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