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PRECARIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
UNINOVE mostra desprezo por professores com demissão de 300 profissionais por comunicado virtual
Redação

Em meio a pandemia, a UNINOVE deu mostra do descaso dos grandes tubarões do ensino com seus profissionais e com a qualidade de ensino demitindo 300 professores para a substituição das aulas por palestras online.

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Na manhã desta terça feira dia 23 de junho, as redes sociais amanheceram indignadas com as 300 demissões de professores da Uninove, demitidos por um pop-up sem aviso prévio e sem qualquer tipo de obrigatoriedade. A instituição é uma das que competem em São Paulo com a Anhanguera pelo mercado de ensino privado. Ela anunciou que irá substituir as aulas em EAD, modalidade de ensino que por si só já é precária, por apenas palestras online, em uma demonstração sobre como os grandes monopólios do ensino não estão interessados em uma educação de qualidade e sim em manter seus lucros exorbitantes em cima dos seus alunos e funcionários a todo custo.

O modo grotesco como as universidades privadas, sobretudo os grupos monopolistas que lucram bilhões com ensino precarizado, lidam com seus funcionários e alunos para preservarem seus lucros já é conhecido de longa data. Mas dessa vez a brutalidade foi tanta que a insatisfação em relação a Uninove se espalhou e tomou mais forma nas redes.

Além de serem demitidos os professores serão obrigados nos próximos três a comparecer na universidade para devolverem os materiais de ensino e identificação sob pena de desconto nas verbas rescisórias. Simples assim: sem direitos garantidos, sem aviso e sob penas.

A comoção e indignação contra a Uninove em apoio aos professores foi grade. Os 300 professores que foram demitidos sem aviso prévio em meio a pandemia tiveram grande apoio dos seus alunos e não alunos através de um abaixo-assinado com o título de “UNINOVE, queremos nossos professores de volta”.

Toda essa situação nos mostra como será o futuro da educação nas mãos dos grandes tubarões do ensino e também como estão sendo aplicadas as medidas provisórias de Bolsonaro e Guedes para salvar os lucros dos grandes capitalistas ao invés dos empregos, tal como ele afirmava em seus discursos mentirosos. O projeto de precarização das universidades públicas o FUTURE-SE, que visa uma série de reformas nas universidades submetendo sua funcionalidade ainda mais aos interesses dos grandes empresários que também tem como objetivo aplicar o EAD nas universidades federais, em conjunto com o sucateamento e o não investimento na educação pública leva as instituições de ensino público a atuarem com uma lógica similar à das universidades privadas, e com o EAD esse essa transformação avança ainda mais.

Esses ataques aos funcionários e alunos das universidades privadas são ataques à educação de conjunto. Torna-se necessário defendermos a educação garantido que todos tenham acesso ao ensino sem o endividamento massivo dos alunos e que esses não tenham que abandonar a faculdade por não terem dinheiro para se rematricular. Programas como SISU e FIES já tem suas vagas custeadas pelo governo através custosos financiamentos tanto para o governo quanto para os alunos. Essas vagas poderiam ser públicas para não gerar endividamentos.

É necessário que todas as instituições de ensino privadas sejam estatizadas sob controle dos trabalhadores e alunos principalmente agora no momento em que vivemos, se faz urgente que as universidade estejam direcionadas a se utilizar de sua estrutura e do conhecimento de seus alunos para combater a pandemia. Essa demanda só pode se concretizar com a organização dos estudantes tanto das universidades privadas quanto das públicas a partir de assembleias em cada local de estudos convocadas pelas suas entidades representantes (centros acadêmicos e DCEs) e que estes exijam da UNE que unifique as lutas estuda estudantis, o que é fundamental nesse momento em que Bolsonaro avança com seus ataques sob as universidades públicas se utilizando do isolamento como pretexto.

 
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