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CIÊNCIA BRASILEIRA CONTRA A PANDEMIA
Coppe-UFRJ, que fez vakinha online para respiradores, desenvolve agora testes mais precisos
Redação

O centro de pesquisa de ponta da UFRJ que, dado o desprezo dos governos, teve de ir atrás de uma vakinha online para produzir respiradores, agora produzirá um teste mais eficaz contra a COVID-19.

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Imagem: Divulgação

A Coppe-UFRJ está produzindo testes sorológicos para diagnóstico do coronavírus mais precisos do que os disponíveis. Os novos tipos de testes buscam anticorpos contra a Proteina S, mais importante do causador da Covid-19.

A proteína S é a chave do Sars-Cov-2 para invadir as células humanas e, também, a sua perdição, alvo de eleição dos anticorpos para atacá-lo. Por isso, a cientista Leda Castilho, a chefe do Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares da Coppe/UFRJ e integrante da força-tarefa contra a Covid-19 da UFRJ está produzindo em larga escala esse calcanhar de Aquiles do vírus para obter testes mais eficazes.

Os testes sorológicos identificam se a pessoa já entrou em contato com o vírus: "Os testes que detectam anticorpos do tipo IgG nos ajudam a entender a disseminação do coronavírus, podem auxiliar no desenvolvimento de vacinas, e orientam as autoridades a decidir com base científica sobre medidas de flexibilização de distanciamento social. São mais baratos e simples que os de PCR e se aplicam aos cerca de 80% dos indivíduos infectados que não apresentam sintomas, mas podem transmitir o vírus" — aponta a pesquisadora, que completa: "Vários dos testes sorológicos importados são de qualidade muito baixa e a maioria sequer informa qual proteína do vírus se propõe a detectar."

O novo exame está sendo desenvolvido com o apoio da Embrapii-Coppe e do Sebrae. Já é possível produzir até 50 litros por mês, na Coppe:

— Um litro de cultivo celular faz 10 mil testes. Isso é proteína suficiente para a produção de dezenas de milhares de testes por semana, 500 mil por mês — segundo Leda Castilho, cujo grupo também estabelece parcerias com laboratórios do Ministério da Agricultura e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

A Coppe-UFRJ teve de fazer uma "vaquinha online" para conseguir produzir respiradores de baixo custo 10 vezes mais baratos que o mercado. Dado o quanto os governos municipal, estadual e federal não se interessam por investir. No Rio, A UERJ está produzindo protetores faciais, os “face-shiels”, em falta nos hospitais do Rio de Janeiro. São iniciativas pioneiras feitas sem qualquer tipo de apoio. Isso sem falar da excelência da Fio-Cruz, que estaria ainda mais a frente caso contassem com investimentos.

No sentido oposto, Witzel atacou a ciência com um brutal projeto que abre espaço para privatizar tudo o que é público. Ameaça as universidades (UERJ, UEZO e UENF), fundações de incentivo a pesquisa (FAPERJ e Fundação Carlos Chagas) e a cultura (Theatro Municipal e o Museu da Arte e do Som), entre outras empresas.

O desprezo pela ciência leva a que trabalhemos no escuro contra a pandemia. Para combater essa realidade, seria essencial investimento massivo na ciência que só pode vir com a taxação progressiva das grandes fortunas, o não pagamento da dívida pública e medidas como a reestruturação da produção que colocasse todo o parque produtivo disponível contra a pandemia.

Com informações do Jornal O Globo

 
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