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Outdoors contra Bolsonaro são censurados em Pernambuco
Redação

Painéis que fazem parte da campanha da Rede Nacional Médicas e Médicos Populares foram depredados por fazerem críticas ao governo Bolsonaro e se colocarem contrários ao processo de precarização do Sistema Único de Saúde.

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Em menos de 24 horas, 4 outdoors instalados na região de Petrolina foram censurados por fazerem críticas ao negacionismo bolsonarista. Os painéis, que também foram instalados em outras regiões do país, carregavam a seguinte frase: “Muitas mortes são evitáveis - O SUS salva vidas, Bolsonaro não”.

A crise sanitária tem gerado devastadores efeitos sociais, ligados diretamente com a desigualdade social e com a falta de políticas de combate à crise por parte de Bolsonaro, dos governadores e prefeitos. O Brasil, novo epicentro da doença, chegou a 1 milhão de contaminados e quase 50 mil mortos, números esses que podem ser ainda maiores, visto que não há testes para toda a população.

O Sistema público de saúde, como bem se sabe, foi alvo de uma série de ataques que tinham como objetivo a ampliação da privatização. Nesse sentido, sobretudo desde o golpe institucional de 2016, foram promovidas diversas medidas de sucateamento que agora fazem que a população mais pobre seja quem pague o preço mais alto pela crise, em função da falta de leitos e equipamentos necessários para o atendimento e tratamento da doença.

Contudo, mesmo diante desse contexto, a prioridade de Bolsonaro e governadores têm sido atender às necessidades dos grandes empresários, como ficou claro em sua reunião ministerial e na política de reabertura dos comércios nos estados. No que tange a esse processo, a reabertura tem intensificado ainda mais a crise sanitária, fazendo que os setores mais precarizados sigam trabalhando para garantir os lucros dos capitalistas.

É absurdo que diante da catástrofe que vemos, painéis que se coloquem contrários a política de Bolsonaro , sejam censurados. Essa ação, que tapou o rosto do atual presidente e que ocultou a frase do outdoor, expressa o negacionismo do núcleo duro bolsonarista, que ignora os efeitos sociais da crise que afetam, principalmente, os trabalhadores e os negros.

Nesse sentido, é essencial a luta pela estatização de todos os leitos sob o controle dos trabalhadores e que todos os trabalhadores da saúde desempregados, sejam contratados, a fim de que todas as necessidades sejam atendidas. O SUS, tal como se encontra hoje, não é capaz de suportar o nível de crise que vivemos, por isso a exigência pela estatização dos leitos é essencial.

Combinado a isso, é fundamental o apoio a luta dos trabalhadores da saúde. Tais mobilizações podem ser fortalecidas por meio da criação de organismos de auto-organização dos trabalhadores, a fim de que se batalhe por um programa de combate à crise, que disponibilize testes massivos, estatize os leitos e paute a reconversão industrial para o atendimento de todas as demandas da população.

 
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