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CORONAVÍRUS
Para garantir reabertura, Crivella "doa" respiradores obsoletos e avariados a municípios vizinhos
Redação

A prefeitura afirma que sua estratégia é: "ampliar a capacidade de atendimento a casos de Covid-19 na Região Metropolitana 1 (aparelhos obsoletos que a prefeitura não usava mais) com, que engloba a capital e os municípios da Baixada, para evitar que pacientes dessas cidades se desloquem infectados em busca de socorro nas unidades de saúde da capital." Dessa forma Crivella busca artificialmente abaixar a ocupação de leitos da cidade para seguir com a reabertura, deixando os pacientes de outras cidades morrerem com equipamentos obsoletos e avariados.

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No vale tudo para seguir a reabertura, Crivella mostrou que está disposto a tudo para manter os lucros. Constantemente tem reclamando do atraso nos hospitais de campanha de Witzel. No entanto, suas lamentações não tem nenhuma preocupação humanitária, pelo contrário: seu medo é que os doentes de outros municípios venha buscar atendimento no município e isso "atrase" seu cronograma de reabertura.

Pouco se lixando para as vidas, Crivella resolveu resolver o problema cedendo os respiradores obsoletos que a prefeitura tinha substituído em sua rede para outros municípios.

Buscando se apresentar como benfeitor, Crivella alega que "quanto mais leito, mais respirador, mais monitor, mais bomba infusora e o que mais pudermos colocar à disposição dos nossos médicos, menos óbitos iremos chorar". No entanto, não é isso que os fatos mostram. Os respiradores antigos muitas vezes apresentam uma série de problemas. Por exemplo, na falta de luz ocorreu no Hospital Ronaldo Gazzola, há um mês, um paciente de 24 anos morreu porque seu respirador era antigo e a bateria não estava funcionando. Se esse é o estado dos respiradores antigos que ainda estão em funcionamento, imagina o dos respiradores que foram substituídos.

Talvez, devêssemos buscar a explicação real de tamanha solidariedade do prefeito na fala da secretária municipal de Saúde do Rio, Ana Beatriz Busch: "São 180 kits com respiradores (220 equipamentos no total). Isso permitirá suprir parte das necessidades desses municípios. E permitirá que avencemos para a fase 3 da reabertura".

Ou seja a real intenção de Crivella é manter artificialmente a sua taxa de ocupação de leitos suficiente para avançar na reabertura, enquanto pacientes de outras cidades morrerão com seus equipamentos obsoletos. Por isso, não podemos deixar o combate à pandemia na mão de Crivella com sua suposta solidariedade, nem de Witzel que atrasa os hospitais e muito menos de Bolsonaro que nega a pandemia. Os trabalhadores só podem confiar em suas próprias forças e devem exigir desde já mais leitos e respiradores, com a estatização do sistema privado de saúde e um plano de reconversão industrial. Contra as reaberturas sem nenhum critério sanitário: por testes massivos já e condições materiais para cumprir a quarentena, como proibição das demissões, auxilio emergencial de 2000 reais e disponibilização de quartos de hóteis!

 
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