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Mais um caso de nepotismo envolvendo filho de militar do governo Bolsonaro
Pedro Costa

Almir Garnier Santos Júnior, filho de Almir Garnier Santos, almirante da esquadra da marinha e secretário-geral do Ministério da Defesa, “número 2” do MD, foi contratado para um cargo de livre provimento na área de compliance da Emgepron (Empresa Gerencial de Projetos Navais), uma empresa pública vinculada à Marinha, com salário de mais de 10 mil reais.

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No ano passado vimos o filho do vice-presidente da república, Antonio Hamilton Rossell Mourão, assumir em um primeiro momento o cargo de assessor especial da presidência do Banco do Brasil, cargo no qual passou a ganhar um salário de aproximadamente 36 mil reais, 3 vezes maior do que o seu salário anterior de aproximadamente 12 mil reais, depois vimos este gerente executivo de marketing e comunicação do BB, ganhando o mesmo salário de 36 mil.

No dia 29 de julho de 2019, Almir Garnier Júnior, advogado formado pela PUC do Rio tendo feito o exame da OAB em 2013, foi contratado pela Emgepron, empresa pública criada no final da ditadura em 1982, é vinculada ao Ministério da Defesa por intermédio do Comando da Marinha e tem por objetivos, entre outros, promover a indústria naval e gerenciar projetos que integram programas aprovado pelo Comando da Marinha.

Por haver pedidos feitos pela Lei de Acesso à Informação sobre a contratação do filho almirante, a empresa pública foi obrigada a prestar esclarecimento, mencionou que o advogado foi contratado porque tinha "formação e experiência profissional compatíveis com a área" de trabalho e "por não haver, no quadro funcional desta empresa, empregado público com os requisitos necessários”.

Vários ex integrantes de governos anteriores se pronunciaram desconfiados quanto a contratação do filho do secretário-geral do MD para o cargo, ainda mais sendo na área de compliance, setor responsável por acompanhar e fazer a empresa cumprir normas e procedimentos relativos à transparência e à ética a fim de corrigir comportamentos e se antecipar a problemas que afetem o funcionamento e a imagem da empresa.

Enquanto na reforma da previdência dos militares, votada no fim do ano passado, os praças saem prejudicados, os generais além de saírem fortalecidos e contando alguns com cargos importantes no governo Bolsonaro, os filhos destes oficiais de alta patente, ainda ganham cargos com salários de 5 dígitos em postos estratégicos, como o BB e a Emgepron, o BB por ser um banco do tamanho que é, e a Emgepron por executar um dos programas militares mais ambiciosos e caros em andamento no governo federal hoje, a construção de quatro corvetas da classe Tamandaré, a serem entregues de 2025 a 2028.

Os privilégios dos Generais e a corrupção dos militares não são de hoje, e tem a ver com sua relação com o Estado. Hoje já são quase 3000 militares da ativa ocupando cargos no governo, e se tornam repetidos os casos de nepotismo e favorecimento próprio, passando praticamente impunes.

 
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