Em declaração em uma live na ultima quinta feira Bolsonaro incentivou seus seguidores a invadir hospitais pelo país: "Muita gente vem fazendo isso (invadindo os hospitais), mas mais gente tem que fazer para mostrar se os leitos estão ocupados, ou não. Se os gastos são compatíveis, ou não. Isso nos ajuda."

Bolsonaro só destina gastos para os grandes empresários, quando se trata da população utiliza de um discurso de negação do número de contaminados para questionar a já pouca verba destinada aos hospitais.

O Brasil é um dos países em que menos testam a população. Segundo estudo do grupo de pesquisadores que fazem parte do estudo de Evolução da Previdência de Infecção por Covid-19 no Brasil: Estudo de Base Populacional (Epicovid19-BR), coordenado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológica da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em parceria com o ministério da saúde, para cada caso confirmado de Covid-19 segundo as estatísticas oficiais, existem sete casos reais na população dos principais centros urbanos brasileiros.

Enquanto estudos demostram que a população morre sem ao menos saber que está contaminada, no qual os números oficiais chegam a mais de 41 mil mortos, e mais de 830 mil casos de contaminados pelo Coronavírus no país, Bolsonaro dissemina um discurso irreal, com o intuito de atacar a população pobre, que morre majoritariamente pelo contágio da Covid-19, e os seus adversários políticos.

"São dezenas de casos que chegam por dia nesse sentido. Não sei o que acontece, o que querem ganhar com isso. Tem um ganho político dos caras, só pode ser isso" diz Bolsonaro se referindo aos governadores dos estados.

Bolsonaro destila negacionismo, estimula invasão de hospitais, e ataca a população, mas os governadores, por outras vias, também não demonstram ser uma saída a quem os trabalhadores podem confiar, pois também não fornecem o mínimo que seriam testes e leitos para toda a população. Isso tudo demonstra que só podemos confiar nas nossas forças organizadas, seguindo o exemplo de tantos trabalhadores pelo mundo.