www.esquerdadiario.com.br / Veja online / Newsletter
Esquerda Diário
Esquerda Diário
http://issuu.com/vanessa.vlmre/docs/edimpresso_4a500e2d212a56
Twitter Faceboock
CRISE ECONÔMICA
Dilma e Kátia Abreu (PMDB) defendem ajuste e ’desenvolvimento’
Redação
Ver online

Em discurso lido pela ministrada Agricultura, Kátia Abreu, no lançamento de um projeto para dobrar a capacidade de celulose da empresa Fibria em Três Lagoas (MS), nesta sexta-feira, 30, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil não está parado, nem é prisioneiro da agenda de ajustes da economia. "Não estamos prisioneiros da agenda de ajustes. Temos uma agenda consistente de estímulo ao desenvolvimento", afirmou.

O recado foi dado um dia depois que o PMDB divulgou documento apontando o "desequilíbrio fiscal" e de o vice-presidente Michel Temer ter afirmado que o governo se equivocou na política econômica, este documento, propõe reformas ou "ajustes estruturais" na economia que aprofundam os ataques do PT contra os trabalhadores, com propostas como o aumento nas privatizações, mudanças na regra do reajuste do salário mínimo e no sistema de contratações de trabalhadores (ou flexibilização, leia-se precarização), um documento neoliberal que também poderia ser assinado por partidos da oposição de direita como o PSDB - veja matéria aqui .

Segundo o discurso de Dilma, "Nenhum empresário investe se não tiver confiança no retorno dos recursos aplicados. (O investimento de 7,7 bilhões de reais da empresa Fibria) é expressão da confiança da Fibria no desenvolvimento sustentável do Brasil." Este é o chamado "desenvolvimento" de Dilma e do PT, que é uma discurso que oculta a agenda de privatizações e subsídios aos empresários com dinheiro público, enquanto realiza cortes nos gastos sociais com desemprego e inflação. Com esta agenda garantida e com a confiança do compromisso do governo com os ajustes e subsídios aos empresários, o governo Dilma atua em benefício de garantir os lucros dos investimentos dos capitalistas, ou seja, o retorno financeiro do investimento. Este "retorno" só poderá sair do aumento da exploração dos trabalhadores que está garantida com os ajustes que desvalorizam o salário, aumentam o desemprego e a precarização do trabalho.

Dilma cancelou sua ida à cerimônia de última hora, após sua mãe, dona Dilma Jane, de 92 anos, ter passado mal durante a noite. No discurso que leria no evento, ela defendeu o ajuste fiscal, "Em momento de ajuste e de transição, a expansão da fábrica mostra que os empresários não se deixam levar pelas análises conjunturais pessimistas e não paralisam suas obras, confiando que o Brasil retomará os investimentos e que vale a pena investir nele." Dilma defendeu ainda o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que participou do investimento da Fibria, ou seja, que com recursos públicos favoreceu com subsídios os investimentos (e lucros) de empresários, como os da Fibria, este é o mesmo movimento que foi a causa real das "pedaladas fiscais" de Dilma.

Kátia Abreu (PMDB) destacou em entrevista que o Plano de Investimentos em Logística (PIL) recebeu 29 manifestações de interesse, o que mostraria que a iniciativa privada quer investir no país. Ela também defendeu o ajuste fiscal (inclusive já deu o exemplo atacando os direitos dos trabalhadores da pesca - veja aqui) , reforçando é o verdadeiro acordo entre PT e PMDB, que é a agenda dos ajustes contra os trabalhadores para defender os lucros e os interesses dos empresários e bancos.

Esquerda Diário/ Agência Estado

 
Izquierda Diario
Redes sociais
/ esquerdadiario
@EsquerdaDiario
[email protected]
www.esquerdadiario.com.br / Avisos e notícias em seu e-mail clique aqui