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Material de estudo (PET) entregue pelo Governo de Minas gera denúncias por problemas graves.
Redação Minas Gerais

O projeto de aulas remotas na Rede Estadual de Minas Gerais segue sendo imposto, mesmo com todas as falhas contidas nos materiais de ensino e o desgaste que tem causado á toda a comunidade escolar.

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Após a implantação do Regime Remoto Letivo no Estado, que o governo se Zema empurra aos estudantes e professores sem considerar as dificuldades que teriam nesse momento para prosseguir com os estudos, como se estivéssemos na mais absoluta normalidade, Foram disponibilizadas pela Rede Minas as Tele-Aulas e o PET (Programa de Estudos Tutorado), que vem gerando controvérsias e muitas reclamações por parte de país, estudantes e professores.

O material enviado pela Secretaria Estadual de Educação foi elaborado sem que se consultassem os professores da Rede. E esse material tem gerado muitas reclamações e denúncias, por meio das redes sociais. As pessoas relatam que o material utiliza textos retirados de sites da internet especializados em produzir conteúdo educacional sem citar a fonte, constituindo crime de plágio.

O conteúdo também foi avaliado como péssimo por conter idéias carregadas de preconceito, mal elaboradas, e que nenhuma apostila é assinada por profissional da educação responsável pela elaboração do material, que pode ter sido feitas por pessoas que nem sequer sejam desta área, dados os erros pedagógicos e metodológicos. Também há denúncias de que o cronograma das apostilas não corresponde ao BNCC (Base Nacional Curricular Comum), que norteia a elaboração dos planos de aula correspondente a cada ano, o que ocasionou que apostilas de um determinado ano tenham conteúdo correspondente a outro ano.

Já sobre as tele-aulas, além do fato de que 700 mil aluno da Rede Estadual não tenham acesso ao canal da rede Minas, há reclamações de que os apresentadores das aulas cometem erros grosseiros de conteúdo e de português. Uma análise de professores da UFMG, UFJF e Unicamp encontrou 42 erros de ortografia e gramática, 122 plágios e 89 conteúdos errados. E estas aulas não contaram com a participação dos professores para serem produzidas, o que causa confusão nas orientações e correções, pois para lecionar utilizam um conteúdo que não foi preparado por eles. Diante disso, foi protocolado um projeto de lei para impedir o estado com o ensino à distância

E o acesso dos estudantes ao material é um problema gravíssimo. As apostilas do PET podem ser acessadas desde um computador com mais facilidade, mais de um celular (que é o único meio para boa parte dos estudantes) é mais difícil e burocrático. E os alunos que não tem acesso à internet, segundo o governo receberiam o material impresso. Porém, a impressão também é um grande problema. As apostilas contêm centenas de páginas, o que sairia muito caro para que uma família mandasse imprimir, ou mesmo para as escolas que sempre tiveram problemas para fazer impressões por que os recursos enviados para compra de materiais para impressão, como toner e folhas, é muito escasso, o que sempre obrigou que existisse um racionamento das impressões das atividades em um regime normal, e em um regime remoto onde todas as atividades precisam ser impressas seguramente não será garantido na totalidade.

Sem contar que a possibilidade de entrega impressa do material aos estudantes e responsáveis nas escolas provocará aglomerações, expondo ao risco tanto as famílias dos estudantes quanto os trabalhadores responsáveis pela entrega do material.

O material das tele-aulas de mostra mais uma vez o descaso do governo do estado pela educação. A prioridade de Zema é salvar banqueiros e empresários, e pra isso busca economizar a partir da educação, comprometendo o aprendizado dos estudantes que na maioria não tem acesso ao material, ou não podem contar com o apoio das famílias para estudar em casa nesse momento, e não se importa em sobrecarregar de trabalho os professores que já vem se desgastando há anos com problemas relacionados ao pagamento e a falta de estrutura adequada para trabalhar, turmas super lotadas e defasagem salarial.

A educação não pode ser desprezada como tem sido feito por outros governos, mas principalmente agora com Zema. A educação é a base da sociedade, prepara as crianças e jovens para a socialização, para o futuro trabalho e para toda a vida, e deve ser um direito assegurado, sendo ofertada com qualidade e em condições de igualdade para todos os estudantes

 
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