Dessa vez, o ataque da vez é interromper a circulação do Expresso do Ramal Santa Cruz, unindo-o com o Parador Ramal Deodoro. Na teoria, a Supervia diz que isso é para ganhar tempo.
A justificativa da empresa é que "a interligação dos ramais Santa Cruz e Deodoro é uma maneira de conseguirmos equilibrar a operação, podendo aumentar consideravelmente os lugares ofertados, principalmente para os clientes dos ramais Santa Cruz e Japeri, que têm viagens mais longas e menos opções de transporte."
Como a empresa explica a suposta diminuição do tempo? alegando que agora com menos sinais e paradas se ganharia tempo.
Na prática, os usuários e passageiros sabem muito bem que isso acarretará problemas como a superlotação(prática rotineira nos trens fluminenses) e o aumento do número de estações com a conexão do ramal Japeri, já que certamente muitos passageiros do Santa Cruz irão fazer a baldeação assim que chegarem em Deodoro. Também terão como problema o aumento de 12 estações em seu percurso. Como a Supervia garante que com esse aumento o tempo da viagem diminuirá?
As justificativas são vagas e nada convence um usuário comum que com mais estações se ganhará tempo de viagem.
No dia-a-dia dos usuários da Supervia é comum se dizer que “quando há uma mudança proposta pela empresa pode ter certeza que é pra pior”. Das inúmeras que podemos citar estão a interrupção mais cedo dos horários dos trens, que já pararam de circular a meia-noite, foi alterado para 23:30 e agora já estão terminando de circular as 23:05 o último horário do Japeri. Alguns ramais de grande circulação como o Belford Roxo encerra as 21:30.
Pra essa empresa os trabalhadores da noite não tem sequer o direito de voltar pra casa. Aos fins de semana também os horários de todos os ramais são reajustados para intervalos longuíssimos chegando a 1 hora de espera em ramais como o Saracuruna!
Como a Supervia espera que acreditemos que essa mudança vem pra melhor??
Nenhuma confiança nessa empresa que só está preocupada com o lucro de seus acionistas europeus, que dá para seus usuários o pior serviço em troca de um altíssimo valor de passagem.
Abaixo vídeo do “tratamento vip” a que é sujeito o trabalhador carioca por essa empresa que é uma das maiores expressões e facetas do capitalismo no Rio de Janeiro:
Nem Witzel nem Crivella querem preservar a vida dos trabalhadores. Estão mancomunados com as grandes empresas que gerem os consórcios de transporte público no Rio. Deixam que façam as alterações que bem entenderem pois para eles a vida dos trabalhadores não importa. Defendemos que o trem seja estatizadas, sob controle dos próprios trabalhadores, pois assim o transporte poderia ser gerido por quem o faz funcionar e não de quem tem interesse de extrair lucros de um direito.