Emerson é negro e era trabalhador com contrato trabalhista precário pois era quarteirizado, sendo posteriormente promovido para terceirizado.
Na ligação, seu chefe mencionou sua participação no ato como o motivo da rescisão do contrato. "Ele acabou falando que foi porque eu estava na Paulista e mencionou um vídeo que eu tenho com o Lula.” afirma Emerson. E completou: “Vou entrar com uma ação na Justiça porque foi uma perseguição política. Ficou evidente para mim que foi por causa disso"
Apesar do gerente da Softtek, empresa de tecnologia onde o membro da Gaviões trabalhava, ter negado que o motivo da demissão era político, fica claro que é sim uma perseguição aos que lutam. A multinacional, após ser questionada, retornou que "Nossas políticas de RH cumprem os regulamentos e estão alinhadas ao nosso código de ética". Aparentemente, para a Softtek, lutar contra o racismo e o fascismo não está em seu código de ética.
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Manifestações democráticas é um direito de qualquer cidadão, asseguradas até mesmo pela constituição brasileira. Denunciamos qualquer perseguição política aos lutadores! Basta dos corpos negros servirem apenas para o lucro dos patrões que, quando não precisam mais, os descartam. Os corpos negros também lutam, sempre lutaram.
Como disse C.L.R James, trotskista negro: “O único lugar em que os negros não se revoltaram é nas páginas dos historiadores capitalistas.”
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