O caso brutal de negligência, fruto de um antigo e retrógrado preconceito, tirou a vida de mais uma mulher trans. “Quando a equipe da ambulância foi informada de que Alejandra tinha HIV, eles se retiraram. Eles disseram que não era nada sério”, disse Juliana Salamanca, da rede Trans Community.
Segundo Juliana, a equipe da ambulância parecia alarmada antes de ser informada que Alejandra era HIV positiva, mas o tratamento mudou no momento em que receberam esta informação.
“Este caso mostra como as pessoas trans são tratadas em Bogotá”, disse Juliana. Infelizmente este tipo de postura não é exclusiva de Bogotá, mas é parte de um preconceito estrutural com a população trans ao redor do mundo.
“Alejandra Monocuco foi morta por transfobia. Quando preciso de assistência médica, eles ligaram para o 123 e se recusaram a atendê-la por ser HIV positivo. Não sendo suficiente, foram necessárias 15 horas para levantar o corpo”.
O caso de Alejandra mostra que se depender dos governos, aqueles que antes da pandemia já pagavam com suas vidas o preconceito do capitalismo, seguirão pagando, e ainda mais. Negros, mulheres, LGBTs, são os primeiros na fila do descaso de governos ao redor do mundo inteiro.
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