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RACISMO
Racismo impune: 99% dos policiais que matam jovens negros nos EUA não são condenados
Redação

Segundo levantamento, 1 negro tem 3 vezes mais chance de ser assassinado pela polícia do que um branco. Os dados da pesquisa “Mapeando a Violência Policial” encontrou também que de 2013 a 2019 nos EUA, apenas 1% dos policiais acusados de assassinato foram punidos.

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Imagem: Reuters

Os protestos que já tomaram mais de 140 cidades nos EUA trouxeram à tona uma realidade cruel, de um estado que massacra negras e negros todos os dias, com a garantia da impunidade. O próprio assassino de George Floyd, Derek Chauvin, só foi preso depois que a rebelião impôs pela mobilização. Até alguns dias depois da morte, esse policial que já foi acusado de assassinato outras vezes, tinha sido apenas afastado.

O assassinato de Eric Garner, de 43 anos, morreu em Nova York, no ano de 2014, após ser sufocado por policiais é outro grande exemplo da impunidade dos policias assassinos nos EUA. Em agosto de 2014, o júri decidiu não indiciar o policial envolvido. Daniel Pantaleão só foi demitido muitos anos depois, em 2019 e não chegou a ser punido. Enquanto era imobilizado Garner repetiu por 11 vezes “eu não consigo respirar”. A mesma trágica frase repetida por Floyd, que agora se tornou lema dos protestos.

Há pouco menos de dois anos, na mesma Minneapolis que hoje explode uma grande mobilização popular, Thurman Blevins, de 31 anos, foi morto pela polícia, incidente que também despertou protestos.

O caso de George Floyd, morto asfixiado de forma brutal, repete a história de tantos outros jovens negros nos EUA. Em março, Breonna Taylor, de 26 anos, foi assassinada dentro de sua própria casa durante uma operação policial em Louisville, Kentucky. Em fevereiro, Ahmaud Arbery, de 25 anos fazia jogging na região de Brunswick, na Geórgia, quando foi confrontado por dois homens brancos que o confundiram com um suspeito do local. Três tiros foram disparados contra esse jovem negro.

A impunidade da polícia, o aparato repressivo do estado que serve a classe dominante, é o que garante que esses assassinatos sigam acontecendo livremente.
Por isso, os panteras negras defendiam em seu programa que “Nós queremos que todo o povo negro, quando for julgado em um tribunal, tenha um júri de seus iguais ou do povo das comunidades negras, como definido pela Constituição dos Estado Unidos.”

A revolta contra essas mortes e o histórico sufocante de violência policial contra a população negra, fez nascer o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), que sacudiu os Estados Unidos durante o governo de Barack Obama e, agora, no governo do racista e xenófobo Donald Trump, retorna às ruas.

Essas manifestações que começam a aparecer no país são grandes exemplos e se somam a imensa revolta popular nos EUA. Contra o racismo e o capitalismo, façamos como o povo americano, que se levanta numa grande demonstração de ódio contra o regime.

 
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