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31/05, 12h: Plenária aberta por justiça a George Floyd contará com participação de militante negra dos EUA
Redação

Neste domingo, às 12h, o Quilombo Vermelho - grupo de militantes negros anticapitalistas - realizará uma plenária virtual aberta, com a presença de Julia Wallace, do Left Voice, portal irmão do Esquerda Diário nos Estados Unidos. A plenária é aberta a todas e todos.

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O assassinato de George Floyd por um policial supremacista branco revoltou os negros e negras norte-americanos, e também a nós, no Brasil, que mal tivemos tempo de chorar a morte de João Pedro quando mataram João, Vitor, Rodrigo, e outros jovens negros. Em todo o mundo são as massas negras que mais sofrem as consequências da pandemia de Covid-19, uma doença que impacta, sobretudo, aqueles que não têm acesso a sistemas de saúde e até a saneamento básico. A opressão dos governos e os golpes da crise econômica não estão de quarentena, ao contrário, estão sacrificando os mais explorados da classe trabalhadora: o povo negro. Bolsonaro compara sua facada com o assassinato de Marielle, seus ministros dizem odiar os povos indígenas e ciganos, os juízes discutem guardar a população carcerária em conteiners.

O capitalismo não nos deixa respirar, nos EUA os negros e negras se sentem mais seguros nas ruas, queimando delegacias e enfrentando a polícia, do que cumprindo a quarentena. No Brasil, milhares de trabalhadores, negros e brancos, também se sentem mais seguros saindo de suas casas para buscar fontes de renda, pois os patrões não liberam os trabalhadores não essenciais com remuneração. Como dizem manifestantes chilenos, “se não nos mata o vírus, nos mata a fome”, pois nem Bolsonaro e os militares, nem seus “opositores” no Congresso, no STF, nas prefeituras e governos estaduais garantem sequer o auxílio emergencial prometido, de R$600 reais, quando deveria ser garantido um auxílio de R$2000. Saem às ruas, com máscaras improvisadas, sobre bicicletas alugadas de um banco, com um isopor nas costas, para pedalar incessantemente e talvez conseguir pagar suas contas.

O capitalismo não nos deixa respirar nas filas intermináveis por um leito, e sufoca as mulheres negras de capas de chuva como aventais, com máscaras vencidas, salvando vidas em troca das suas próprias que ficam nos hospitais, sacrificadas pela falta de EPIs, pelos baixíssimos salários e pelo sucateamento do SUS, feito por anos pelas mãos não só do reacionário presidente e seus ministros racistas, mas também pelos governos anteriores, inclusive os do PT. São elas, enfermeiras, técnicas e auxiliares, trabalhadores da limpeza, das administrações, das ambulâncias, médicos e médicas, quem deveriam gerir um sistema realmente único de saúde, sem a saúde privada que nos vê sem respirar e enxerga um número.

O capitalismo não nos deixa respirar, mas as cenas de Minneapolis em chamas, ver manifestante incendiada dizendo “eu não vou ficar parada, eu sou preta e me orgulho disso e sou forte, juntos somos fortes, sem justiça, sem paz!”, é um sopro de brisa macia no país mais negro fora da África, onde os índices de assassinatos policiais se assemelham aos de uma guerra civil, em que aos domingos um punhado de bolsonaristas reivindicam nas ruas o que há de mais retrógrado, e para onde o epicentro da pandemia de Covid-19 se desloca a cada dia. As manifestações de trabalhadores precarizados na Argentina também é um alento, assim como a luta de classes no Chile e os exemplos vindos da França, Itália, dentre outros. Cada vítima do racismo no Brasil merece que tiremos a paz dos racistas.

O Brasil pode virar o Haiti, o país da revolução negra, se nos organizemos para não sucumbir aos feitores de ontem e hoje. Por isso é necessário se organizar, tal como o povo negro sempre fez onde houve escravidão, formando seus quilombos para conspirar e preparar o revide. “Não existe capitalismo sem racismo” já dizia Malcon-X, por isso nossa luta é anticapitalista, e nosso Quilombo é Vermelho. Conheça e se organize!

Nossa plenária será neste domingo, às 12h, com a presença de Julia Wallace, do Left Voice, portal irmão do Esquerda Diário nos Estados Unidos. A plenária é aberta a todas e todos.

Entre em contato conosco pelas nossas redes ou pelo WhatsApp (+55 11) 97750-9596 para receber o link da sala de reunião.

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