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METRO SP
Doria e Metrô convocam os idosos para trabalhar quando o transporte estará mais lotado
Nossa Classe Metroviários

Em ato do Diretor-Presidente AP62/2020 ("considerando a retomada gradual das atividades comerciais em São Paulo durante o mês de junho e o esperado aumento na demanda do sistema metroviário"), o Metrô de São Paulo orienta as chefias a convocarem de volta ao trabalho os funcionários com mais de 60 anos que estavam em serviço remoto ou afastamento. Uma atitude arbitrária, que coloca a vida de Metroviários e Metroviárias em risco.

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Essa medida, vem para suprir a necessidade de mais funcionários por conta do fatal aumento de usuários na malha metroviária, devido a irresponsável flexibilização da quarentena, anunciada pelo Governador Doria e seu prefeito Bruno Covas. No momento em que a curva de contaminação no país e no Estado de São Paulo está em pleno crescimento, a pressão empresarial fala mais alto e o governo impõe a abertura de diversas áreas da economia. O metrô lotado, e estará cada vez mais, é um foco privilegiado de transmissão da Covid19. Por isso a reabertura de comércios e serviços, forçando os trabalhadores a usarem ainda mais o transporte - que já vinha cheio mesmo nas últimas semanas - mostra que para o governo as pessoas podem adoecer, e a convocação dos metroviários idosos, que fazem parte do grupo de risco, mostra que para o Metrô seus funcionários podem morrer. O que deveria ocorrer é contratação emergencial, como viemos defendendo, não para lidar com o aumento de fluxo, mas para reduzir os dias de trabalho e a exposição dos trabalhadores do transporte ao vírus, mas para eles as vidas dos metroviários não valem o dinheiro a ser pago em salários e direitos (que estão tentando arrancar de forma oportunista durante a pandemia).

Isso mostra que nenhum desses governos se preocupa com a vida da população. Nenhum segue a ciência. Doria e Bolsonaro, administram a morte de dezenas de milhares, colocando o lucro patronal a cima da vida dos trabalhadores. Nunca garantiram as dispensas remuneradas para paralisação dos serviços não essenciais. Nunca garantiram os testes massivos para a população. Nunca proibiram as demissão. Não ofereceram renda adequada para os informais poderem ficar em casa, milhões ainda não receberam os insuficientes R$ 600,00 prometidos. Esses governos apenas promovem demagogia e beneficiam seus amigos empresários e banqueiros, que já ganharam durante essa pandemia mais de 1 trilhão de reais do Estado.

O STF que tenta passar uma imagem de defensor da democracia e do bom senso, não deixou que os leitos dos hospitais privados fossem usados pelo SUS. O congresso nacional só pensa em aprovar medidas que atacam os direitos dos trabalhadores, como a PL 936 que reduz salários. Enfim, as instituições brasileiras trabalham para tentar salvar os lucros dos capitalistas, ao invés de salvar a vida das pessoas.

Os Metroviários não devem aceitar essa irresponsabilidade da direção da empresa. Devemos aprofundar as reuniões por local de trabalho, organizando um comitê dos trabalhadores, com delegados eleitos em cada área do Metrô, para respondermos aos ataques que estão impondo a categoria e a população. Nenhum trabalhador com mais de 60 anos deve ser obrigado a voltar ao trabalho.

 
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