Como se não bastasse as bizarrices que o racista a frente do Ministério da Educação, Abraham Weintraub vomita pela boca, ou as chantagem contra as universidades para implementar o Ensino à Distância sob ameaça de mais cortes na educação, e terem enviado para votação no senado o Future-se. O MEC segue sem pagar os bolsistas do PET, um projeto desenvolvido por grupos de estudantes, com tutoria de um docente, organizados a partir de formações em nível de graduação nas Instituições de Ensino Superior do País buscando integrar o ensino, pesquisa e extensão com a educação tutorial. Uma das vias que muitos estudantes encontram para se manter estudando diante da falta de permanência estudantil e a intensa precarização da vida da juventude.
Em decorrência da pandemia do novo coronavírus, a Secretaria de Educação Superior (Sesu/MEC) impôs um relatório das atividades que os grupos fizeram no mês de março e abril, como requisito para se receber as bolsas. Entretanto, mesmo com o envio deste relatório, as bolsas sofreram atrasos sem justificativa apresentada. Isso fez com que milhares de estudantes não recebessem aquilo que para muitos é a única fonte de sustento, já que a permanência estudantil segue em falta.
Tamanho absurdo realmente corresponde com o verdadeiro “E daí”, que Bolsonaro diz diante das mortes pela Covid-19. Um negacionismo absurdo, capacho do imperialismo de Trump e dos desejos dos empresários que está levando nosso país a se tornar o epicentro mundial da pandemia. E em meio a tudo isso, a falta de respostas dadas pelo MEC aos membros do PET se intensificou, deixando grandes incertezas sobre a continuidade dos grupos e aumenta a vulnerabilidade estudantil dos inúmeros PETianos e PETianas que têm como forma de sustento a bolsa do PET.
É por isso, que defendemos o imediato pagamento de todas as bolsas atrasadas, sem nenhuma cobrança pela produtividade das atividades, como se fosse possível manter a rotina e a normalidade em meio a essa situação. Os Centros Acadêmicos, DCEs, e as entidades como a UNE, precisam se colocar na linha de frente de organizar os estudantes em defesa do pagamento imediato das bolsas estudantis, mas também na luta contra os enormes ataques a educação, como o Future-se e o EAD, que condensam bastante do nefasto projeto de Bolsonarismo e sua tropa ideológica orientada pelo astrólogo que mora nos EUA, como Weintraub, Damare e Salas.
Defender a educação e as universidades é parte da mesma luta pelo fora Bolsonaro, Mourão e os militares, uma luta que passa por não ter nenhuma confiança no STF golpista, que agora disputa com Bolsonaro e os militares quem pode mandar e decidir pelas nossas vidas. Por isso não temos nenhuma confiança nesse judiciário, ou naqueles que agora fingem supostamente defender a democracia, mas estiveram lado a lado no golpe institucional, na votação da reforma da previdência, da reforma trabalhista e da PEC do congelamento do orçamento na saúde e da educação.
Por isso, defendemos que o povo decida, nos enfrentando não só com o governo, mas com esse regime degradado, lutando para impor uma assembleia constituinte livre e soberana para debater os grandes problemas que afligem o país. Nossa luta é ao lado das trabalhadoras da saúde, dos trabalhadores precárias dos aplicativos, dos operários ameaçados de demissão ou redução de salários, das professoras obrigadas a implantar o EAD nas escolas públicas e privadas. Nossa luta é ao lado da classe trabalhadora, a única classe que é verdadeiramente essencial para o combate à pandemia e ao sistema capitalista que gerou essa catástrofe.
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