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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Ministro interino da Saúde convoca advogado defensor de milicianos para seu gabinete
Redação

Se alinhando com Bolsonaro, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, nomeou o advogado Zoser Plata Bondim Hardman de Araújo para o cargo de assessor especial do ministro. O advogado já defendeu diversos milicianos em processos judiciais.

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Em meio a grave crise sanitária, política e econômica em que o país vive, onde chegamos ao ponto de termos mais de mil mortes por Covid-19 por dia, nos últimos dias, totalizando a mais de 19.231 mortos e 296.940 contaminados no Brasil, vemos a recente saída do ministro Teich, provocando uma reação do governo, para voltar a um dos seus principais pilares de sustentação, os militares. Não à toa, recentemente foi nomeado enquanto ministro interino, o general Eduardo Pazuello.

Para além do histórico declarações repudiáveis e de seu currículo envolto a operações repressivas do estado, nesse período temporário de mandato, Pazuello vem cumprindo um papel de realinhamento mais profundo com as orientações de Bolsonaro na saúde, não só através da assinatura por um novo protocolo envolvendo a cloroquina, como também na montagem de seu próprio gabinete, ao acolher um advogado de alguns dos principais milicianos do Rio de Janeiro.

Zoser chegou a defender políticos e ex-policiais, acusados de chefiarem essas milícias, como o ex-PM Ricardo Texeira Cruz, conhecido como Batman e o ex-vereador Cristino Galvão. Ambos acusados por seus papeis importantes nessas organizações.

Esses são alguns casos, além do escandaloso caso do assassinato da juíza Patrícia Acioli, assassinada por 21 tiros na porta de casa, no qual, Zoser defendeu o tenente Daniel Benítez, que foi condenado por participação desse crime. Destacamos esse processo em particular, justamente para relembrarmos que o próprio Flávio Bolsonaro tenha declarado na época do crime que a juíza “humilhava os réus”, numa tentativa infame de se apoiar em sua base popular assassina e reacionária.

Hoje, vemos esses defensores dessas organizações reacionárias e criminosas cada vez mais unidos, não só pela relevância que o clã Bolsonaro vem ganhando, culminando na presidência de Jair Messias Bolsonaro, como também pela própria mediação do exército enquanto ala que vem se fortalecendo conforme Bolsonaro e sua base cada vez mais se tenciona contra outras alas do regime e contra a própria democracia através de sua base popular.

Por isso, não podemos levantar nenhuma esperança nessa troca de cadeiras que vem se sucedendo há muito tempo envolvendo não só esse cargo, mas todos de uma forma geral que compõe esse regime que já vem se degenerando há anos através de várias ações arbitrárias e antidemocráticas de seus agentes. É necessário darmos uma saída independente dos milicianos, dos militares e da burguesia. E só os trabalhadores podem apontar essa saída a partir do momento em que o povo consiga decidir concretamente os rumos não só da saúde como também da economia ou de qualquer outro âmbito da vida social através da convocação de uma Assembléia Constituinte Livre e Soberana, sem nenhuma tutela desses militares ou de qualquer outro agente arbitrário do regime, mas que sua imposição seja feita através da luta e que abra uma perspectiva da defesa de um programa que levante alternativas profundas para a transformação da realidade. E isso só conseguiria ser encampando na medida em que as decisões fossem tomadas pela classe trabalhadora desde seus locais de trabalho, para garantir até o final um programa emergencial que dê conta de girar toda produção econômica e unificar todo o sistema de saúde para contemplar a saúde da população acima dos lucros dos empresários!

 
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