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MP DO EMPREGO
Ao invés de proibir demissões, governo dará dinheiro para bancos e empresas sem proteger empregos
Redação

Depois do plano criado pelo governo para financiar a folha de pagamento das empresas fracassar, a resposta do governo é rebaixar ainda mais as condições em prol dos empresários e banqueiros contra os trabalhadores. Governo deve assumir calote das empresas e pode retirar proibição de demissão dos funcionários por 2 meses.

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O Programa Emergencial de Suporte a Empregos (PESE) já desenhado pelo governo para beneficiar bancos e empresas em detrimento dos trabalhadores, será ainda mais flexibilizado contra os trabalhadores após seu fracasso.

Criado pelo Banco Central para financiar a folha de pagamentos das empresas com recursos do Tesouro Nacional e dos bancos, repassou apenas R$ 1,6 bilhão - de um total programado de R$ 40 bilhões. Esse montante seria usado para bancar dois meses de folhas de pagamentos, com depósitos diretamente nas contas dos funcionários, a uma taxa de juros de 3,75% ao ano, equivalente ao juro básico da economia na época.

Os dados do BC mostram que a medida só financiou o salário de 1,1 milhão de trabalhadores. Dos R$ 40 bilhões programados, o governo aportaria R$ 34 bilhões e as grandes instituições bancárias, R$ 6 bilhões. Mas os bancos, que propagandeiam estarem tão dispostos a somar esforços nesse momento de crise, vem achando pouco as favoráveis condições ofertadas pelo governo que garante o pagamento de 85% do financiamento das empresas via Tesouro Direto. As aves de rapina do mercado financeiro exigem a garantia de 100% do pagamento com os recursos do tesouro, ou seja o governo assumiria todo o risco de calote das empresas para tirar as amarras dos bancos na concessão do empréstimo.

Não bastasse essa rapina dos bancos, indispostos a abrirem seus volumosos cofres mesmo em plena pandemia e risco de demissão generalizada na economia, os patrões também fazem suas exigências. As empresas querem que o governo retire a contrapartida que as proíbe de realizar demissões por dois meses além do período financiado e exige a bancarização, dado que o dinheiro é diretamente depositado na conta dos funcionários, sem transitar pela empresa.

O deputado Zé Vitor (PL-MG), relator da MP 944, que instituiu a linha para folha, afirmou que deve apresentar, na próxima semana, um parecer para ser votado no plenário sobre ajustes que está promovendo. O relator do projeto o deputado Zé Vitor já estuda e se mostra favorável às duas exigências. Ele também pretende permitir o empréstimo para pagar apenas parte da folha de salários - os demais empregados, que não tiverem os rendimentos bancados pelo programa, não teriam estabilidade e poderiam ser demitidos.

Ao invés de atacar o lucro dos empresários e banqueiros que acumularam enormes fortunas antes da pandemia, tendo as empresas dinheiro em caixa inclusive para custear os trabalhadores em casa com o pagamento dos seus salários intactos por 12 meses, o governo abre seus cofres mais uma vez para os bancos, como se não bastasse os trilhões já destinados.

Nesse momento de pandemia, com a atividade das empresas comprometidas, todas as demissões deveriam estar proibidas. Mas os empresários e políticos preocupados em primeiro lugar com a morte de CNPJ’s e não dos CPF’s de seus trabalhadores vem promovendo demissões e pressionando os governos pela reabertura, mostrando que estão dispostos a sacrificar seus funcionários pela manutenção de seus lucros. Não podemos aceitar que os lucros estejam acima das vidas, é preciso adotar medidas para que não sejam os trabalhadorem a pagarem pela crise.

 
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