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CORONAVÍRUS E LUTA DE CLASSES
Chile: "Saúde, Pão e Trabalho!" - Comitê de Saúde e Segurança do Hospital Barros Luco chama 2a reunião com dezenas de trabalhadores e jovens
Izquierda Diario - Chile
Redação

Com 100 participantes e representantes ou mesmos de 25 organizações participaram da segunda reunião do Comitê de Saúde e Segurança, convocada pelos trabalhadores da FENATS do Hospital Barros Luco, para se organizar frente à pandemia e a precarização que já mostra sua cara mais cruel, como tem denunciado os trabalhadores da saúde e se expressou nas mobilizações contra a fome na última segunda-feira.

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Trabalhadores, estudantes e moradores se conectaram ontem em uma reunião online para continuar fortalecendo o Comitê de Segurança e Saúde convocado pelas e pelos trabalhadores do Hospital Barros Luco T, em Santiago. Foi uma segunda reunião que contou com importante participação de amplos setores, para avançar na coordenação e unidade, frente a uma situação que se agrava cada vez mais.
A questão é que já são mais de dois meses nesta pandemia e o colapso do sistema sanitário começa a aparecer no horizonte, com centenas de denúncias dos trabalhadores da saúde. Isso, enquanto começa a aparecer a fome e exemplos de luta e mobilização contra esta situação como aconteceu em El Bosque.

Neste marco, o chamado do Comitê de Saúde e Segurança de ontem teve como objetivo seguir levantando a articulação entre diferentes setores para enfrentar esta crise e um governo que só impulsiona medidas para descarregá-la nos ombros dos setores mais populares, com as suspensões, através da lei de “proteção” ao emprego e permitindo demissões massivas, deixando na total instabilidade e pobreza centenas de milhares de trabalhadores.

Nesta segunda reunião participaram 100 pessoas, e participaram representantes e membros de 6 assembleias territoriais da comuna de San Miguel, Associações de moradores, organizações territoriais como La Minga ou Acción Popular Los Pinos de San Bernardo, assim como da Asambleia Valle del Sol, e meios de imprensa alternativos.

Estas organizações relataram como vinham se organizando e enfrentando o problema da falta de alimentos nas casas, organizando pontos de encontro e iniciativas de coleta de comida e insumos básicos para a população, mostrando a realidade da população pobre frente à crise e às medidas do governo.

Por isso foi decidido que o Comitê deve ajudar na coordenação de todas estas iniciativas e sua difusão na forma mais ampla possível para ajudar nesta urgente situação.

Participaram organizações estudantis como a ACES e a agrupação de estudantes Vencer, relatando também as tentativas de coordenação das e dos estudantes secundaristas e a necessidade urgente de unificar os jovens com os trabalhadores e a população pobre, já que a precarização, a fome e os ataques são algo que afeta da mesma forma eles mesmos e suas famílias.

Do mundo das e dos trabalhadores foram levados diferentes relatos sobre como os empresários os expõe ao contágio para garantir seus lucros, como expressaram os trabalhadores do Transantiago, do Sindicato STU de Subus. Ttrabajadoras da Integra, colocando a necessidade de lutar e construir uma campanha contra as medidas precarizantes que o governo tenta impulsionar contra elas.

Também participaram sindicatos como o Sindicato Andina e o sindicato Interperesa “Não mais precarização trabalhista”, estes últimos retratando a realidade da juventude trabalhadora na comida rápida, onde existem não apenas contágios, mas também salários não pagos, sobre a carga do trabalho, demissões e suspensões.

A participação das e dos trabalhadores da saúde se destacou, a partir da FENATS Barro Lucos como convocadores, mas também a partir do Hospital El Pino em San Bernardo, que denunciaram a aguda situação vivida neste recinto que colapsou ontem pela falta de leitos de terapia intensiva e que mantém o risco permanente para seus funcionários, que deram exemplo a partir das ambulâncias deram exemplo, se mobilizando para denunciar esta situação.

A reunião foi um reflexo em pequeno da unidade operária e popular necessária para enfrentar as medidas do governo e a crise social. Neste sentido foi decidido fortalecer a coordenação para avançar a unidade destes setores, considerando que a CUT (NdT: principal central sindical chilena) tem cumprido um papel realmente criminoso, mantendo-se imóvel enquando são aprovados ataques enormes ao povo trabalhador.

Para avançar com ações, foi discutido levantar a consigna de “Saúde, Pão, Trabalho #FueraPiñera! frente à situação que enfrentamos e impulsionar uma forte campanha contra as demissões, as suspensões e a precarização trabalhista, porque são estes os ataques também causantes da fome, ao mesmo tempo da coordenação para lutar por cessar os trabalhos não essenciais com o pagamento integral do salário dos trabalhadores, e por um imposto extraordinário às grandes fortunas para financiar um salário de 500 mil pesos para todos os trabalhadores informais que ganham seu pão dia após dia e que como produto da pandemia não conseguem se sustentar.

Para avançar mais na coordenação, foi conformada uma Comissão de Comunicação para difundir todas as iniciativas do comitê e seus participantes, assim como as campanhas e vídeos de apoio à população e uma Comissão de Ação para preparar as próximas atividades que serõ planejadas para fortalecer esta perspectiva.
Esta segunda reunião do Comitê gerou entusiasmo entre as e os participantes, como um espaço para enfrentar esta crise sanitária e social, e os ataques do governo, para avançar na coordenação e na unidade de trabalhadores e setores populares, justamente quando foi na zona sul da capital onde se realizaram as manifestações pela fome e o colapso sanitário de hospitais como o El Pino, ou o avanço do colapso do Barros Luco.

Publicado originalmente no La Izquierda Diario Chile.

 
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