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“Ninguém mexe comigo”, campanha musical de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes
Redação
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Dia 18 de maio foi celebrado, anualmente, o Dia Nacional do Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Em meio a pandemia e com um governo de extrema-direita que quer jogar os poucos direitos das crianças e adolescentes na “na latrina”, a inciativa de artistas como Bruna Caram e Marcelo Jeneci de se somar a campanha é um verdadeiro sopro de ar fresco no meio de uma total inversão total de valores estimulada por Weintraub, Bolsonaro e Damares.

É! Não está muito tranquilo ser criança e adolescente em nossa época. Não bastasse as misérias que o capitalismo produz que não olham idade, temos pandemia, EAD, ENEM, carteira verde-amarela, restrição às brincadeiras e fome. Qualquer um sabe que esse não é o cenário ideal para criar e educar as novas gerações. Pelo contrário, na verdade, o que tem visto por parte dos governos é o constante ataques as condições de vida dos pequenos e jovens. E se Bolsonaro é o “campeão” nisso, lembramos que Dória e Witzel, que se coloca demagogicamente como defensores da vida para se diferenciarem do genocida Bolsonaro, respectivamente, fizeram racionamento de merenda nas escolas de SP (ao lado do prefeito Bruno Covas), deixando milhando de crianças sem o mínimo para se alimentarem e prometeram, no caso do sanguinário Witzel no Rio de Janeiro, polícia e mortes para as crianças e adolescentes dos morros.

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Isso para pegar dois casos mais conhecidos.

Além de tudo isso, a crise econômica e social intensifica o mercado da exploração sexual, também de crianças e adolescentes. O Brasil é reconhecido internacionalmente como um dos destinos do turismo sexual, um absurdo mercado que não para de crescer com a conivência dos governos e empresários.
Nem em suas próprias casas as crianças e adolescentes estão seguras, sofrem com mais de 17 mil casos de violência sexual (número registrado de 2018). Como muitos dos casos são promovidos pelos próprios familiares, esse número, oficiais, podem ser muito superiores a quantidade real de casos. E num quadro de isolamento social, assim como a violência doméstica contra as mulheres, esse problema social também tende a se intensificar.

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Por isso, é um exemplo muito importante a inciativa de artistas, liderados pela designer e ativista Paola Bellucci Ortolan, de criar a campanha musical “Ninguém Mexe Comigo”. A música foi composta pela cantora e atriz Bruna Caram, foi criada por meio de intensa troca de ideias entre os envolvidos, afirma Bruna, que é mãe de um menino de 5 meses. No clipe da canção, Bruna é acompanhada por Marcelo Jeneci na voz e sanfona, além do violino de Alice Bevilaqua de Castro e a interpretação de libras de Roberta Almeida.

“O ECA tem que ser rasgado e jogado na latrina. É um estímulo à vagabundagem e à malandragem infantil”. Essa frase abjeta de Bolsonaro expressa bem a vontade de governantes como Bolsonaro, Dória, Witzel e companhia que mostram dia-a-dia, como o elementar de nossos direitos democráticos, como a integridade moral e física nossa e de nossas crianças, para eles não valem nada. Mas, a cada vez que eles caminham no sentido da degradação dos nossos direitos, nós, trabalhadores, artistas, jovens, mulheres, negros, LGBTTs e todos os oprimidos, estaremos lá pra dizer para “Não mexerem com a gente”.

"Agora, a música vai para o mundo, tenho esperanças”, diz Bruna.

 
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