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Bolsonaro e Weintraub sofrem derrota acachapante e Senado aprova texto-base que adia Enem
Redação

O governo Bolsonaro e Weintraub sofreram uma derrota acachapante devido a pressão dos estudantes frente a manutenção do Enem. O Senado aprovou texto-base do projeto que adia o Enem e todas as provas e vestibulares para ingressar no ensino superior público e privado. Contudo, o texto ainda precisa ser encaminhado para a Câmara, se aprovado, Bolsonaro pode mofidicá-lo e até mesmo vetar o adiamento.

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Após amplo rechaço expresso principalmente nas redes sociais, nesta terça feira (19) foi aprovado pelo Senado o texto-base do projeto que adia o Enem e todas as provas e vestibulares para ingressar no ensino superior público e privado. Por 76 votos contra o solitário 1 do filho do presidente, Flavio Bolsonaro.

O governo Bolsonaro e seu reacionário ministro, que há pouco verbalizava todo seu desprezo com os estudantes mais pobres que não têm condições de se preparar para o exame nacional, também seguiu os passos do Senado e teve de reconhecer sua derrota após enorme pressão dos estudantes de todo o Brasil que não aceitam que um filtro que já é excludente se torne ainda mais.

Abraham Weintraub, em live, prometeu que fará uma consulta online com os inscritos, fazendo demagogia com uma suposta decisão democrática, além da abertura de uma consulta pública. Uma mudança expressiva do ministro que havia debochado dos estudantes afirmando que "se cair um meteoro no Brasil a gente cancela" e declarou que as atividades de ensino deveriam retornar mesmo no crescente número de casos e mortos pela Covid-19.

Não só o ministro privatista inimigo da educação pública foi derrotado pela demostração de rechaço dos estudantes, que chegou até a pressionar o reacionário Senado a aprovaro adiamento do Enem, como vê cargos de seu ministério no atacadão de Bolsonaro com o centrão - aglomerado de grupos da "velha política" empresarial e latifundiária envolvidos em casos de corrupção - para contornar as recentes fissuras e a crise do governo com os escândalos, demissões de ministros e a política criminosa frente a epidemia que assassina dezenas de milhares.

Leia mais: Preocupado com Impeachment, Bolsonaro entrega cargos ao centrão e contraria Weintraub

Movimentos que podem indicar minimamente o enfraquecimento de Weintraub e a ala mais ideológica obscurantista e olavista do governo que perdem cargos frente as troca de apoio com o centrão, tendência que nos próximos dias poderá ser reafirmada ou não.

Como o Esquerda Diário vem apontando, podem estar em curso importantes mudanças na educação brasileira, para aprofundar seu caráter excludente a serviço dos empresários da educação, envolvendo mais Ensino à Distância e mais cortes nas universidades públicas, que Weintraub, Bolsonaro e os militares odeiam. Justamente para que não seja a juventude, que já enfrenta a falta de permanência estudantil, as demissões e o futuro precário do Rappi e iFood, a pagar pela pandemia, precisamos dizer Fora Bolsonaro, Mourão e militares e levantar também um programa de fundo para a educação.

A manutenção do Enem diante de um sistema educacional que se prepara para excluir mais

Se quatro monopólios vieram engordando seus lucros a partir de financiamento público desde os governos petistas e têm hoje um terço das matrículas no Ensino Superior, não somente os estudantes das universidades privadas não deveriam ter de pagar mensalidade na pandemia, como essas vagas precisam ser tornadas públicas, sem indenização, sob seu controle e dos profissionais de educação. Com essas vagas, seria possível garantir acesso direto à universidade, com o fim do vestibular. Esse programa se torna cada vez mais urgente, diante da crise econômica que se aprofunda.

 
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