Foi apresentado para a OCDE (Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico), por sindicatos de vários países, denuncias por assédio sexual sistêmico nas redes do Mc Donald´s. No Brasil somam-se 23 denúncias. A denúncia internacional reúne sindicatos de sete países: Austrália, Brasil, Chile, Colômbia, França, Reino Unido e Estados Unidos.

A acusação envolve também dois grandes bancos de investimentos, que juntos, tem participação de 1,7 bilhões de dólares no Mc Donald´s: APG Asset Management, na Holanda, e Norges Bank, na Noruega. A denuncia indica que o o monitoramento feito pelos bancos deveria alertar-los sobre os crescentes casos de assédio sexual na rede de Fast-food.

A denuncia indica um padrão de assedio sexual e violência de gênero no Mc Donald´s. O documento ainda trás relatos de dezenas de casos nos EUA onde garotas de 16 anos acusam supervisores de tentativa de estupro, toques indesejados e ofertas sexuais. Essa garotas ainda dizem terem sido ridicularizadas ou punidas ao denunciarem os casos para a empresa. Os casos se estendem, no Brasil as queixas as denuncias percorrem todo o país com casos seríssimos de assedio sexual e descriminação.

Essas denuncias trazem a tona a situação de um dos setores mais precarizados, que em sua maioria contrata jovens e mulheres. Além dos casos de assédio e violências morais esses setores sofrem com baixos salários e extensas jornadas de trabalho e durante a pandemia também são afetados, com redução de salários e demissões.

Esse absurdo de situação de trabalho coloca mais uma vez exposta a face mais nefasta do capitalismo, onde em prol dos lucros os trabalhadores são submetidos as situações mais escandalosas e humilhantes. A pandemia do coronavírus tem deixado isso cada vez mais claro e esses denuncias mundiais contra a rede do Mc Donald´s explicitando situações de trabalho no mínimo inaceitáveis.