A falta de noção foi a tônica das manifestações em Brasília neste domingo (17/05). Uma jornalista foi golpeada na cabeça com uma bandeira, militantes pró-Bolsonaro exibiam um caixão no contexto da pandemia em que 16.000 mil Brasileiros morreram, e um uma criança é feita de mascote utilizando fantasia e equipamentos militares e uma máscara de forma errada. Um verdadeiro show de horrores mas com aquele toque de ridículo já característico dos atos. O que devemos fazer diante disso?
Antes de tudo, podemos notar que o governo e seus militantes extremistas mudaram a estratégia: Intencionando mascarar o esvaziamento dos protestos eles realizam eventos menores e mais frequentes em vez de grandes manifestações na esplanada. Também notamos que, para conseguir visibilidade para os seus atos, os participantes apostam no bizarro tal como podemos ver nessas imagens:
Meia dúzia de gatos pingados fazem um verdadeiro circo de horrores nesse domingo (17)
Repórter é agredida com bandeirão do Brasil, durante ato no domingo.
Tweet da emissora de TV da jornalista sobre o ocorrido.
Erguendo um caixão no contexto em que 16 mil Brasileiros já morreram pela pandemia.
Bandeira americana e de Israel marcando presença e deixando clara a influência imperialista.
Bandeira do Brasil império mostrando que a loucura carece de limites.
criança feita de mascote no ato, usando farda militar e com a máscara colocada de modo incorreto.
Nem precisamos relembrar que, em meio à pandemia do coronavírus, o isolamento social não deveria ser quebrado e isso é uma grande irresponsabilidade do presidente que mais uma vez se aproximou dos manifestantes (aliás, poderá ser enquadrado por essa possível disseminação do coronavírus, conforme preconiza o artigo 268 do código penal). Os organizadores do ato, simplesmente, parecem não se importar com a disseminação do vírus.
As reivindicações dos participantes do protesto pedem a reabertura do comércio, a instauração de uma ditadura militar, e o fechamento do STF(Supremo Tribunal Federal) e do Congresso Nacional, além de bandeiras do Brasil império, de Israel e dos EUA que mostram a forte influência do imperialismo.
Enquanto isso o povo trabalhador segue sofrendo com o binômio Pandemia/Fome. Por isso o MRT e o Esquerda Diário tem defendido o Fora Bolsonaro e Mourão sem confiança no STF e Maia, que se mostram, principalmente na pandemia, atores políticos que estão muito confortáveis com a morte do povo pobre. Por isso temos lutado por uma assembleia constituinte que possa virar a mesa tanto nas leis quanto nas possibilidades de representação democrática do povo.
Segue fundamental, para a esquerda anticapitalista, defender uma política anti-bolsonaro de verdade. Que possa dar um basta nesse circo de horrores. Que passe por defender um sistema de saúde único sob controle dos trabalhadores, por garantia de testes massivos e EPI para os profissionais de saúde, pela proibição das demissões que estão ocorrendo em massa por todo o país, e por exigir o auxílio emergencial de R$ 2 mil, pois 600,00 reais além de não terem chegado a todos os trabalhadores, é uma quantia de fome. A classe trabalhadora precisa de liberação com remuneração para se proteger da pandemia, bem como da conversão da indústria para a produção dos insumos de enfrentamento ao terrível cenário que temos diante de nós.
Nossas vidas valem mais que o lucro deles!
|