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CORONAVÍRUS
Menor procura por trabalho do último trimestre mascara o desemprego no país
Redação

A força de trabalho é considerada a partir do número de pessoas que estão trabalhando, somadas as que estiveram buscando trabalho no último mês. Aquelas pessoas que não buscaram trabalho dentro deste período, estatisticamente são considerados inativos e por essa razão, não são contabilizadas nas estatísticas que demostram o grau de desemprego.

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Segundo o IBGE, 1.1 milhão de brasileiros saíram da força de trabalho no primeiro trimestre de 2020. Este número pode ser uma expressão de como a atual crise sanitária está se entrelaçando com a crise econômica que já vinha golpeando o país e acelerando seus ritmos, uma vez que mesmo que o isolamento tenha obrigada a muitos trabalhadores a postergarem a busca de emprego e muitas vagas serem suspensas, é uma realidade que os números relacionados ao desemprego no Brasil não vinham muito alentadores, a contar de que o recuo de 2019 está relacionado com o aumento de trabalhos ultra precários alentados pelo boom da uberização do trabalho, o que levou o trabalho não registrado – somados os que se consideram autônomos e os que trabalham sem registro - ao recorde histórico de 35,9 milhões.

Outro fator que pode estar relacionado a esta queda na força de trabalho pode estar atrelada ao recebimento do auxilio emergencial combinado a que há um grande número de empresas fechadas devido ao isolamento social e não estarem com processos de contratações, o que pode dar uma falsa impressão de que o auxílio dos míseros R$600,00 reais seja suficiente para atender as necessidades dos desocupados e informais, quando na realidade sabemos que os trabalhadores estão tendo que escolher entre pagar as contas e comer.

Isso demonstra como os governos – federal, estadual e municipal – não são capazes de dar uma saída de fundo para a crise e o combate à pandemia do Coronavírus. É necessário que os trabalhadores se mobilizem junto às maiorias populares para exigir garantias para uma quarentena com dignidade, com proibição das demissões e do rebaixamento de salário, além de um auxílio emergencial de 2000 reais a informais e autônomos. Cai de madura a necessidade de realizar testes massivos para poder desta forma organizar uma quarentena racional, onde a indústria seja convertida para produzir os bens necessários para atender as necessidades populares. Essa reconversão da indústria permitiria inclusive organizar essa força de trabalho que se encontra supostamente ociosa, com a divisão das horas para que haja trabalho para todas as mãos que estejam disponíveis para produzir.

 
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