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Núcleo Estadual RJ do Movimento Nacional da Luta Antimanicomial organiza semana de atividades online pelo dia Nacional da Luta Antimanicomial

Publicamos aqui a nota do Núcleo Estadual RJ do Movimento Nacional da Luta Antimanicomial.

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Na próxima segunda é o dia Nacional da Luta Antimanicomial no Brasil, dia histórico de luta contra as práticas manicômias representadas principalmente pelas internações psiquiátricas que trancafiaram milhares de pessoas e mataram mais de 60 mil pessoas ficando conhecido como Holocausto Brasileiro. Após mais de 30 anos da reforma psiquiátrica ainda lutamos "por uma sociedade sem manicômios" e reproduzimos aqui chamado do Núcleo Estadual RJ do Movimento Nacional da Luta Antimanicomial que está organizando uma semana de atividades online: 

O 18 de maio é o dia Nacional da Luta Antimanicomial no Brasil,
e desde 1988, após o II Congresso de Trabalhadores de Saúde mental, essa data é comemorada por trabalhadores, usuários e familiares que seguem ecoando, ato após ato, o Lema desse congresso: "Por uma sociedade sem manicômios."

Esse ano de 2020, no Ato do dia 18 de Maio o Núcleo Estadual RJ do Movimento Nacional da Luta Antimanicomial (NEMLA-RJ) vem com o Lema: "Que corpos tem direito a vida? Antimanicomiais contra as políticas que matam."

Devido a pandemia mundial do COVID-19, o NEMLA-RJ vem preparado, atraves de contato com diversos movimentos sociais, organizações, acadêmicos, artistas, trabalhadores e usuários dos serviços de saúde mental uma programação semanal online através das redes sociais.

Para isso, como todo ano acontece, construimos de maneira colaborativa comissões para esse ato.

 Respeitando a recomendação da OMS, essas comissões recolheram memórias, fotos, atividades e cartas manifesto de vários atos e eventos anteriores. Alem de novas ações, atividades e relatos.

O porquê do Lema?

Após as reuniões de ampla discussão entendemos que era importante esse ano marcarmos, com diversas linguagens, as recentes políticas que estão alinhadas com uma lógica neo-liberal e capitalista, que retomam o encarceramento, a estigmatização, invisibilidade e morte de pessoas que experienciam suas vidas e seus sofrimentos de maneira singular e que, como característica histórica, essas pessoas também são marcadas coletivamente pela vulnerabilizacao, pela desigualdade econômica, de raça, classe e gênero no Brasil.

Pra entender melhor a prática dessas políticas de morte podemos citar a Emenda Constitucional 95, que congela os gastos do Governo Federal em saúde gerando o subfinanciamento de toda a rede de saúde pública do Rio de Janeiro, atrasos de salários e desfinancianento das Clínicas da Familia, dos Núcleos de Atenção Psicossocial, dos Centros de Atenção Psicossocial, Serviços Residenciais Terapêuticos. Esses são pontos importantíssimos da Rede de Atenção Psicossocial conquistada.

É possível citar também,das políticas de morte a nova política de drogas vai na contramão dos estudos e trabalhos, e assim, reconhecem a prática de abstinência química como tratamento em comunidades "terapêuticas" religiosas, essa sem nenhuma comprovação para uma política sanitária. Destacamos também nessas políticas de morte o reinvestimento terapêutico reduzido ao saber biomédico, destacando da nota técnica de Março de 2019 a retomada da intervenções com eletrochoque (nunca terminaram mas a nota busca mais financiamento para a prática), as "clínicas especializadas", que nada mais são planos reducionistas, medicalizantes, patologizantes, desarticulado uma rede de atenção psicossocial no território e com o atos de saúde dos múltiplos saberes para o campo, mas a cima de tudo ficam na autonomia, cidadania e no direito a vida e a cidade.

Sob a luz desse lema, a programação, que iniciou dia 11 de maio, terminará com uma live no dia 18 de maio, de 18 às 20 horas, unindo e celebrando esse dia marcado de luta e resistência.

Seguimos nos adaptando a luta de rua para uma luta online, pra isso seguimos visiblilizando a inequidade de acesso e informação digital.

O posicionamento político e social do NEMLA é novamente reafirmar a luta no campo de maneira horizontal e coletiva, que em suas construção possa contemplar todos os atores sociais.

#porumasociedadesemmanicomios
#manicomionuncamais

 
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