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NELSON TEICH
Teich sai sem nenhuma crítica ao governo e sem responder perguntas da imprensa
Rafael Barros

Na tarde desta sexta (15), o agora ex-ministro da saúde, Nelson Teich concedeu entrevista coletiva ratificando sua saída do governo. O ministro foi curto, numa coletiva de apenas 10 minutos, em que deu sua declaração, sem colocar qualquer crítica ao governo, e não respondeu nenhuma pergunta da imprensa.

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Evitando polêmicas, Teich saiu sem deixar nenhuma crítica ao governo, nem qualquer menção às tensões que levaram a sua saída, quanto ao isolamento, a MP que coloca academias, cabeleireiras e manicures como serviços essenciais e a disputa de Bolsonaro pela cloroquina, que aparentemente foi a gota d’água para o ex-ministro.

A entrada de Teich na pasta foi marcada pela conturbada saída de Mandetta, privatista de carteirinha, que tentou se diferenciar do negacionismo boçal de Bolsonaro, mas que também não apresentou qualquer política real naquela primeira fase da pandemia. Teich se tornou ministro fruto de uma saída acordada com os militares diante das brigas entre Bolsonaro e Mandetta, como uma resposta mediada.

Agora, num estágio muito mais crítico, com a chegada de colapsos no sistema de saúde de diversos estados, Teich deixa o ministério dizendo que tem “planos prontos” para quem assumir, mas na prática, sai sem nenhuma medida concreta também. Ele, vale recordar, assumiu o ministério declarando que não haveria um plano de testagens massivas, e que tal coisa não era necessária. Para Teich, o problema não era a subnotificação, mas sim a análise dos dados.

Agora, assume interinamente o general Eduardo Panzuello, que era seu braço direito, dando fôlego, ao menos temporariamente, ao interesse dos militares em ter mais um dos seus, agora na pasta da saúde, e ter mais poderes de decisão na condução do combate à pandemia.

Teich sai do ministério recebendo diversos “afagos” de governadores, como Witzel, e também do próprio ex-ministro Mandetta. Os governadores, que assim como Teich, negam qualquer política de testagem massiva, e nos deixam nos escuros, aproveitam a saída do ministro para colocar mais lenha na fogueira da crise política.

 
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