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LUTAS EM MEIO A PANDEMIA
Trabalhadores do transporte público de Teresina anunciam greve após dois meses sem salário
Redação

A mais de dois meses sem salários em meio a pandemia, trabalhadores da linha de frente seguem exemplos de outros setores na luta para terem seus direitos garantidos. A greve está anunciada para amanhã, sexta-feira (15).

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Nesta quarta-feira (13) o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro) decidiu pela greve do transporte público em Teresina, capital do estado, governada pelo prefeito Firmino Filho. O motivo da greve se dá pelos salários atrasados de muitos trabalhadores desde março, além de não ter pagamento de plano de saúde e ticket para os funcionários, alguns entraram de férias e não receberam nem quando voltaram, segundo Fernando Feijão, presidente do sindicato.

Segundo o site Cidade Verde, o Sindicato que vem buscando acordo com as empresas de ônibus, até agora teve suas tentativas frustradas sob o argumento de que “não estão arrecadando”.

"Conversamos com a Prefeitura em uma reunião virtual e os sindicatos e eles dispuseram R$ 1 milhão para ajudar na folha de pagamento, mas os empresários dizem que seriam necessários pelo menos R$ 2.4 milhões. Ai a prefeitura disse que não tem como repassar esse dinheiro e o resultado é isso", afirmou Feijão.

Um absurdo que o prefeito e o judiciário sejam coniventes com a atitude dessas empresas que seguem sem pagar as férias e salários atrasados. O executivo e judiciário poderiam usar de seus poderes e apresentar medidas que forcem o cumprimento das obrigações dessas empresas com seus trabalhadores.

São os funcionários dessas linhas de ônibus que produzem um lucro de milhões de reais por ano para essas empresas, estão todos os dias na linha de frente, muitas vezes transportando ônibus lotados mesmo durante a pandemia e seguem trabalhando, na maioria dos casos sem as condições de segurança sanitária necessárias. Por isso é inadmissível que sigam invisibilizados e sem salários.

O aumento do número de mortes pela COVID-19 que já ultrapassa a marca de 10 mil pessoas, frente às políticas de contenção da doença pouco eficientes e o descaso dos trabalhadores que estão na linha de frente travando uma batalha diária em seus locais de trabalho deixa claro que a saída para essa crise só pode ser construída pelos próprios trabalhadores, já que os políticos não colocam em prática um programa emergencial eficiente e racional, começando pela aplicação de testes massivos para racionalizar a quarentena.

Como tem sido visto aqui no Brasil e em outros locais do mundo os trabalhadores da saúde tem dado um exemplo de luta a ser seguida. É preciso que os trabalhadores da linha de frente como também são os do transporte, sigam esses exemplos, para se organizarem em seus locais de trabalho e unidos ao conjunto da classe trabalhadora possam resultar em uma enorme potência que coloque em xeque esse sistema que prioriza os lucros apontando um caminho para que os capitalistas peguem pela crise.

Nós do Esquerda Diário apoiamos a exigência dos trabalhadores pelo pagamento imediato de seus salários e demais reivindicações de medidas para o controle e prevenção sanitárias!

 
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