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CRISE DO CORONAVÍRUS
Coronavírus circula no Ceará desde janeiro
Redação

Uma pesquisa liderada pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e realizada por pesquisadores de Brasil e Uruguai, foi publicada na revista Memória do IOC, aponta que a circulação do coronavírus no Brasil teve início até quatro semanas antes dos primeiros casos serem registrados em países da Europa e das Américas.

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O estudo foi baseado em uma metodologia de estatística de inferência a partir dos registros de óbitos, enquanto os países monitoravam os viajantes e confirmavam os primeiros casos da Covid-19, a transmissão comunitária da doença já estava em curso. Conforme o estudo, o início da disseminação antecederia em mais de 20 dias a confirmação do primeiro caso oficial no Brasil.

Já no Ceará, o novo coronavírus, começou a circular pelo menos 56 dias antes da data em que houve a confirmação do primeiro caso confirmado no Brasil, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde, divulgados pelo Ministério da Saúde. Em janeiro, o vírus já circulava no Ceará sem ser detectado. Somente em 15 de março foi constatado oficialmente os primeiros casos da doença. Isso se dá justamente pela ausência de testes e a falta de investimentos no Sistema Único de Saúde.

O integraSUS, plataforma da Secretaria da Saúde (Sesa), registra que em janeiro e fevereiro já havia 166 casos da doença em 11 cidades. Hoje já passa de mais de 18 mil casos confirmados da doença no Ceará e 1,2 mil pessoas já morreram em decorrência dessa doença no Estado.

Com o Sistema Único de Saúde colapsado no Ceará, o governador Camilo Santana (PT) decretou recentemente o Lockdown, uma medida autoritária que restringe a circulação de pessoas, para conter o avanço da doença. No entanto medidas como testagens massivas e estatização do sistema privado de saúde para atender a todos os infectados não foram tomadas. O atraso na descoberta da circulação do vírus no estado custa muitas vidas e não basta decretar somente medidas autoritárias, é preciso garantir os EPIs para todos os profissionais de saúde e para todos aqueles que trabalham em serviços essenciais.

A testagem massiva se faz mais que urgente no Ceará e no Brasil inteiro, enquanto esperamos por testes os profissionais da saúde seguem morrendo, colocam seus corpos todos os dias na linha de frente ao combate a esse vírus, colocam a vida de seus filhos e parentes em risco. Enquanto não tiver testes, seguimos combatendo o vírus às cegas e a população segue morrendo.

 
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