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AUXÍLIO EMERGENCIAL
Bolsonaro não paga segunda parcela do auxílio e ameaça: “Quem não quiser trabalhar, que fique em casa”
Redação

Hoje, quarta-feira 13/05, Bolsonaro protagonizou mais absurdo depoimento que escancara como é alheio as mais de 12.400 mortes em decorrência da COVID-19 no país.

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Imagem: Isac Nóbrega/PR

Bolsonaro declarou numa coletiva de imprensa em frente ao Palácio da Alvorada que "O povo tem de voltar a trabalhar. Quem não quiser trabalhar, que fique em casa. Ponto final", criticando duramente o isolamento que é a única e insuficiente medida aplicada pelos governadores e de forma bastante irracional frente a falta de testes para população, e mesmo de uma estrutura no SUS à altura da gravidade da situação que vivemos, que nesse momento já se encontra colapsado em vários estados.

Ontem, terça-feira, o Brasil bateu novo recorde de aumento dos óbitos em 24h, registrando 881 mortes, tendo sido confirmados mais de 177.589, sendo que apenas 72.597 pessoas estão curadas – isso se tratando da realidade do nosso país que no mundo todo é um dos que menos testou sua população e onde a curva dos casos notificados e subnotificados mais cresce.

Bolsonaro nega a vontade da população de superar essa crise e poder voltar à sua vida e ao trabalho, ignorando que uma massa de trabalhadores e trabalhadoras se quer têm garantido o direito de ficar em casa mesmo não sendo dos setores essenciais, sendo obrigados a se exporem e às suas famílias em péssimas condições sanitárias e sem testes, inclusive sendo obrigados a aceitarem acordos absurdos de redução salarial para não perderem seus empregos - isso sem falar dos muitos já diretamente demitidos. E inclusive, dentre essa massa de desempregados, estima-se que mais de 30 milhões segundo pesquisadores, também não têm acesso sequer ao miserável auxílio de R$600, cujo pagamento da segunda parcela já está com mais de 15 dias de atraso sem que o governo preste quaisquer explicações ou estabeleça uma previsão de pagamento, segundo a Caixa Econômica Federal.

Também nessa semana Bolsonaro aumentou as categorias de trabalhos considerados essenciais durante o período da pandemia, autorizando que salões de cabeleireiros, de manicures e barbearias também abram, uma medida que é no mínimo questionável frente ao aprofundamento da crise sanitária no nosso país, onde a necessidade de sobreviver frente a insuficiência das medidas dos governos seja federal ou estaduais – que tentam parecer mais racionais que Bolsonaro mas entram em consenso com ele, com os patrões, com o Congresso e o STF num acordo que segue vigente: descarregar as contas dessa crise nas costas dos trabalhadores.

Exatamente por isso seguimos exigindo fortemente que toda população tenha acesso à testagem massiva imediatamente como a única forma racional de controlar a pandemia em oposição à arcaica quarentena que é a única medida oferecida pelos governos enquanto lutamos para proteger nossas vidas; isso combinado a valorização do SUS que precisa ser 100% estatal para reverter o desmonte orquestrado por eles e que nos trouxe até o colapso, e que não faltem leitos ou respiradores para todos que precisam; e também pela valorização dos trabalhadores da saúde que são os verdadeiros heróis dessa crise e que mesmo nesse contexto seguem denunciando a falta de EPIs, a insuficiência do quadro de funcionários dos hospitais e mostram como em todos os lugares seguem negociando nossas vidas em nomes de seus lucros, algo que não podemos aceitar. Exigimos também que seja pago no mínimo R$2.000 como auxílio a cada trabalhador e trabalhadora desempregado nesse momento, um valor que daria minimamente para uma família se sustentar nesse contexto.

Por isso, o papel que as grandes Centrais Sindicais como a CUT e a CTB poderiam cumprir frente à essa vergonhosa situação é decisivo. Precisam se posicionar ao lado da classe e pela organização dos trabalhadores contra o precipício para onde nos obrigam a caminhar, mas para isso precisam romper com a lógica dos governos de negociarem ataques em nossos nomes enquanto nos obrigam a ficar em casa sem responder efetivamente à crise, somente nossa organização de forma independente pode reverter essa situação, oferecer uma resistência real ao aprofundamento da crise sanitária e impedir que sigam descarregando as crises econômicas e políticas em nossas costas. Frente a barbárie capitalista a que nos trouxeram que paguem eles e não nós!

 
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