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BOLSONARISMO
Sara Winter assume que acampamento está armado e expressa face deturpada do bolsonarismo
Redação

Em entrevista ao BBC News Brasil, a ferrenha militante de Bolsonaro e porta-voz do grupo “300 de Brasília”, Sara Winter, assume que em seu acampamento em Brasília há membros armados. Nesse episódio vemos a acentuação dos elementos proto-fascista da caricata base bolsonarista.

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Os “300 do Brasil” são um agrupamento de ultra direita, minoritário, da base bolsonarista que se autoproclamam um “exercito” para a defesa de seu presidente e da pátria. Antes vinham fazendo atos contra o isolamento social na Avenida Paulista, cidade de São Paulo, onde mostrando seu completo descaso com a vida, impedido a circulação de inúmeras ambulâncias, agora, armaram acampamento na frente do Congresso Nacional para acompanhar de perto seu grande “mito”, que com seu negacionismo faz o Brasil atingir a marca de 12.400 mortes pelo COVID-19.

Em entrevista com a BBC News Brasil com a porta-voz do movimento, Sara Winter, a famosa ex-feminista que aderiu aos bolsonarismo e foi ex-secretária do gabinete de Damares Alves, fica claro o carácter paramilitar do agrupamento ao se assumir que partes dos seus integrantes estão com porte de armas.

Relembremos que Sara Winter já atacou abertamente a memória de Marielle Franco - Vereadora do PSOL, negra, favelada, lgbt e socialista, assassinada por milicianos amigos de Bolsonaro -, assim como também é colega do integrante, também funcionário do gabinete de Damares, da carreata bolsonarista que agrediu trabalhadores da saúde que realizavam protestos pela vida em Brasília.

Nessas últimas semanas, em vídeos, se tem expressado o fundamentalismo, o golpismo e o negacionismo dessa fração proto-fascista, que assim como outros movimentos bolsonaristas, tem mostrado mais radicalidade à medida que se escala a crise política, onde a demissão de Moro foi um ponto de reconfiguração completa do regime. Quanto mais se acentuava a disputa com o STF, mais se escutava os gritos dos “300”: "ministro, você come, o povo passa fome", "queremos trabalhar, deixa o ’mito’ governar" ou "STF, preste atenção, a sua toga vai virar pano de chão".

Em outro vídeo, onde se vê a polícia pedindo o desmonte do acampamento, as mulheres do acampamento de prostraram na frente deles e começaram a clamar a Deus para que não avançassem. Ao mesmo tempo em que mostram esse ao alto grau de bizarrice e fanatismo, o grupo aparenta não estar tão distante dos políticos do regime. Além de Winter já ter composto o governo, ela diz na entrevista com a BBC que “Muitos deputados da base aliada tem nos prestado apoio, sempre moral”.

Frente a essas piadas de mal gosto, como os “300 do Brasil”, e o conjunto do assassino governo Bolsonaro nessa pandemia, não podemos cair no discurso do “mal menor” ao aceitar um impeachment que fortalecerá militares como Mourão, que mês passado novamente saudou a ditadura militar, ou então ter confiança no Congresso de Maia, que deixou passar a MP da Fome de Bolsonaro. Para responder desde já essas expressões embrionárias de organizações paramilitares caricatas ou mesmo as milicianas de Bolsonaro, assim como também esse regime de conjunto que nada tem a dar aos trabalhadores e oprimidos, se coloca como necessário desde já se conformar um polo anti-burocrático da esquerda, por meio dos sindicatos, entidades estudantis, movimentos sociais e partidos de esquerda que digam “Fora Bolsonaro e Mourão!”, mas que também busquem uma saída de fundo para a crise, lutando pela proibição das demissões, pela reconversão industrial para produzir EPIs e testes massivos, pela taxação das grandes fortunas e pelo não pagamento da divida pública para financiar o combate à pandemia. Que sejam os capitalistas, não os trabalhadores, que paguem por essa crise.

 
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